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Os novos focos de Lula: militares, agro e religiosos

O vice-líder do Senado explicou os motivos que levaram o presidente a recalcular a rota. A necessidade de maior articulação política na Câmara é o principal deles. Após conversa entre o presidente Lula e os senadores nesta segunda-feira (5), o vice-líder do governo no Senado, Jorge Kajuru (PSB-GO), denominou três frentes de atuação dos aliados […]

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Foto: Divulgação

O vice-líder do Senado explicou os motivos que levaram o presidente a recalcular a rota. A necessidade de maior articulação política na Câmara é o principal deles.

Após conversa entre o presidente Lula e os senadores nesta segunda-feira (5), o vice-líder do governo no Senado, Jorge Kajuru (PSB-GO), denominou três frentes de atuação dos aliados petistas: militares, agro e religiosos serão os novos focos do governo para impulsionar a agenda do Executivo.

A primeira área de atenção são os militares. De acordo com o vice-líder, essa questão já existe no governo Lula. Há um projeto, que tem como relator o senador Marcelo Castro, que será colocado em pauta para votação. A proposta condiciona a nomeação de oficiais das Forças Armadas em cargos políticos. Isso significa que o militar da ativa terá que abandonar a carreira para assumir a função do cargo comissionado – “É você decidir a sua vida: se você quer ser militar ou político”, explica Kajuru.

As outras frentes surgem como uma maneira do presidente Lula articular mais com os parlamentares não governistas e diminuir a resistência ao governo “entre religiosos e empresários do agronegócio”, conforme indicam as informações do portal O Globo.

“Segundo ponto: o agronegócio. Se falou com toda a sinceridade com o presidente do que acontece no brasil hoje, com o que pensa o agronegócio do governo Lula. Então é preciso que cada estado precise trabalhar. […] Por fim, a questão religiosa. Alguns dos senadores conversaram sobre esse ponto. Os senadores entenderam que é necessário conversar”, disse o vice-líder.

Na semana passada, o presidente já flertou com as questões tributárias no âmbito religioso. Lula pediu que a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) elaborasse um projeto com a Casa Civil para ampliar os benefícios fiscais concedidos às igrejas e instituições religiosas.

No Palácio do Planalto, Lula conversou no início da noite desta segunda-feira (5) com alguns políticos. Além de Kajuru, ele ouviu Renan Calheiros (MDB-AL), Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), Otto Alencar (PSD-BA), Fabiano Contarato (PT-ES) e Izalci Lucas (PSD-DF). Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) também estiveram presentes.

Durante o encontro, houve o pedido que ronda o presidente nas últimas semanas: para que ele trabalhe melhor a articulação política na Câmara. O Congresso é onde há menos apoio ao governo, que vem sofrendo uma série de derrotas com as decisões dos parlamentares e as crises com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa.

“O que mais o presidente Lula reclamou é que o Brasil não está conseguindo voltar à normalidade. O senador Otto disse a ele: se o senhor conseguir acertar a Câmara, com todas dificuldades, tendo que rezar a Bíblia que ela quer, o senhor pode ter certeza que voltará a ter o brasil funcionando de novo”, afirmou Kajuru.

O vice-líder também confirmou que o petista comentou sobre a conversa com o presidente da Câmara – segundo Lula, Lira ficou insatisfeito com as denúncias e acusações. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para esta terça-feira (9) a retomada do julgamento do recurso do Arthur Lira em caso de corrupção passiva. A Polícia Federal investiga ele e seus aliados, como Luciano Cavalcante, sobre um suposto esquema de desvio de verba pública na compra de equipamentos de robótica.

“Você sabe o que passei, e tive que enfrentar, e enfrentei. Se você tem a certeza de que não tem responsabilidade sobre nada do que foi acusado, então vá em frente. Vá para cima e não fique calado porque, se ficar calado, haverá a impressão de que quem fala tem razão”, disse Lula a Lira.

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