O ministro da Justiça, Flávio Dino, tomou a decisão de demitir dois delegados da Polícia Federal (PF) devido a suas ações consideradas inaceitáveis. Um dos delegados teria proferido declarações racistas, afirmando que “indígenas e negros são inferiores”. A demissão foi oficializada por meio da publicação no Diário Oficial da União (DOU).
A primeira demissão foi registrada no DOU em 4 de julho, e o ministro comentou o caso nas redes sociais, sem mencionar nomes. Ele destacou que é inadmissível que alguém faça declarações como “índios raça inferior” e “pretos não fazem nada direito”. Flávio Dino afirmou que aplicou a pena de demissão ao policial que agiu dessa maneira, considerando essa medida como um ato de justiça e, esperançosamente, pedagógico para o futuro.
Além disso, o ministro também demitiu o delegado Renato Pagotto Carnaz, que se envolveu em um acidente em Brasília, ocorrido em dezembro de 2021. Na ocasião, Carnaz colidiu com uma viatura descaracterizada da PF, deixando uma pessoa gravemente ferida, e fugiu do local.
Durante o processo administrativo, o delegado alegou que não percebeu o contato com o outro veículo. O acidente ocorreu na Quadra 206 Sul, quando a viatura da PF colidiu com um carro que reduziu a velocidade para passar por um radar eletrônico. Como consequência, Carnaz perdeu o controle do veículo, invadiu a pista contrária e colidiu com outros carros. Thaíse Araújo Nóbrega, de 38 anos, que estava em um dos veículos atingidos, ficou gravemente ferida e precisou passar por cirurgia, permanecendo internada por três dias devido à hemorragia. Ela recebeu alta posteriormente.
Porém, fontes ligadas à investigação, que preferiram não se identificar, revelaram ao Correio que uma câmera de segurança registrou o delegado trocando a placa da viatura logo após o acidente. Os veículos da PF são equipados com placas adicionais para uso em diligências, caso seja necessário.
Sérgio Vital
14/07/2023 - 09h34
Fez muito bem o Ministro.
Não existe mais lugar para o racismo.
Paulo
13/07/2023 - 23h05
Demitir um servidor concursado por um possível único ato considerado racista? Não, sou pela pedagogia, que ele mesmo, o ministro da Justiça, prega…Cumpre mau papel de pedagogo…