A nomeação do próximo ministro do STF, feita a critério pessoal do presidente, tem gerado agitação entre os aliados de Lula em várias esferas do governo e do sistema judiciário.
Os auxiliares do presidente afirmam que ele optou por revelar a seleção para o cargo de Rosa Weber no Supremo somente após a cirurgia agendada para o próximo final de semana. Essa decisão não é inesperada, uma vez que Lula havia anunciado sua intenção de aguardar a aposentadoria da ministra como um gesto de respeito.
A concorrência pela preferência de Lula inclui um grupo dentro do governo que está se esforçando para que o ex-presidente escolha um candidato em quem ele tenha plena confiança para ocupar a vaga.
No entanto, a estratégia pode não ser suficiente caso Lula opte por dar ouvidos à outra ala do governo, que está pressionando para que ele escolha uma mulher para a vaga. Nos últimos dias, têm surgido diversos nomes nesse contexto.
Segundo a Veja, alguns conselheiros de Lula estavam defendendo a ex-ministra Luciana Lóssio como uma possível candidata. Essa mesma ala também tem mencionado o nome da advogada tributarista Fernanda Hernandez, que faz parte de um escritório de advocacia em Brasília. Fernanda Hernandez conta com o apoio de figuras influentes na cúpula do partido, ministros de Lula e senadores da base.
Também entre os cotados está Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), que já foi considerado um favorito, mas sua posição enfraqueceu devido ao seu perfil conservador, especialmente após a seleção de Cristiano Zanin.
Anteriormente, Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), estava em uma posição menos destacada, mas nos últimos dias, ele ganhou elogios de Lula e conseguiu avançar em sua candidatura. Ele também se aproximou de Flávio Dino, que se envolveu em uma disputa com Jorge Messias no governo, sofrendo desgastes como resultado.
Tanto Dino quanto Dantas contam com apoio significativo de ministros do Supremo na corrida pela vaga no STF.