Delta é vaiado nos EUA ao defender mistura de religão e política

O procurador Deltan Dallagnol (Arquivo)

Durante um evento no MIT, nos Estados Unidos, o ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol concordou com o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), em sua disputa com o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. Segundo reportagem da Folha assinada por Fernanda Perrin, Deltan foi vaiado ao promover a fé cristã como valor político.

Dallagnol respaldou as críticas de Musk ao ministro do STF Alexandre de Moraes, destacando a importância da liberdade de expressão e criticando a censura nas redes sociais. “As contas não podem ser censuradas e conteúdos ideológicos que não são criminosos e não são ilegais não podem ser censurados”, disse Deltan, aludindo a uma tendência ao autoritarismo e à censura no Brasil.

Em um painel sobre corrupção na Brazil Conference, organizada por estudantes brasileiros de Harvard e do MIT, Deltan enfatizou seu compromisso com a religião como um princípio político, enfrentando reações negativas, especialmente ao opor-se ao direito ao aborto. Apesar das vaias, ele reiterou sua visão sobre o preconceito contra a expressão da fé no espaço público, comparando-a a outras ideologias aceitas na sociedade.

Além disso, Deltan aproveitou a ocasião para elogiar o legado da Operação Lava Jato, apesar das críticas ao seu método de combate à corrupção. Ele destacou a politização da corrupção e a importância de evitar demonizar grupos específicos, um ponto que foi contrastado pelas observações do senador Alessandro Vieira, que criticou a fusão de religião e política e alertou contra a busca por “heróis e xerifes” na luta anticorrupção.

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