O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou aos líderes partidários que as próximas semanas serão dedicadas às pautas da oposição, sem prejudicar a agenda econômica.
Esta decisão, conforme o blog do Valdo Cruz no G1, surge como uma resposta ao conflito recente com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
As pautas incluem um pacote anti-invasão de terras, projetos na área de costume, e a instalação de cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) simultâneas.
Durante uma reunião na residência oficial da Câmara, Lira expressou que se sente retaliado pelo Palácio do Planalto, apesar de ter apoiado todas as principais propostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, Lira não pretende mais evitar derrotas governamentais no plenário e mencionou a possibilidade de derrubada dos vetos de Lula, incluindo o fim das saidinhas e emendas de comissão totalizando R$ 5,6 bilhões.
No mesmo encontro, foi formado um grupo de trabalho para elaborar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa limitar as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra parlamentares, focando nas prerrogativas de foro e nas condições legais para prisões de congressistas.
Esta iniciativa é uma reação direta à prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato de Marielle Franco. A PEC também incluirá medidas que exigem que prisões de parlamentares só ocorram após votação no plenário da Câmara ou análise da mesa diretora.