PCC barrava entrada de concorrentes em licitações de SP

SÉRGIO LIMA / AFP

Uma operação realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) na terça-feira resultou na prisão de 13 pessoas, incluindo três vereadores de municípios da Grande São Paulo e do litoral, por envolvimento em um cartel que fraudava licitações públicas.

O esquema, associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), é suspeito de desviar cerca de R$ 200 milhões em contratos municipais.

De acordo com as investigações reportadas pelo Metrópoles, o cartel operava por meio de oito empresas que simulavam competição em licitações de 13 cidades.

Duas destas empresas, a DX do Brasil e a Inova Gerenciamento em Construções, foram especificamente criadas para impugnar licitações no Tribunal de Contas do Estado (TCE), caso contratos fossem potencialmente concedidos a concorrentes externos.

Denis Rodrigo da Silva e Antônio Carlos de Morais, registrados como proprietários dessas empresas, estão entre os presos na operação.

Além dos empresários, três vereadores foram detidos: Flavio Batista de Souza, de Ferraz de Vasconcelos; Ricardo Queixão, de Cubatão; e Luiz Carlos Alves Dias, de Santa Isabel. Em resposta às ações judiciais, o MDB anunciou a suspensão da filiação de Luiz Carlos Alves Dias.

A ação também visou o escritório do advogado Dário Reisinger Ferreira, responsável por elaborar contestações legais para as empresas envolvidas, que igualmente enfrenta acusações.

O MPSP continua investigando o caso, incluindo a busca por dois suspeitos ainda foragidos. Os detidos são acusados de participar de um esquema que envolveu não apenas fraude em licitações, mas também lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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