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Desemprego cai para 6,2% no Brasil, informalidade recua e número de desalentados é o menor desde 2016, diz IBGE

A taxa de desocupação no Brasil entre março e maio de 2025 caiu para 6,2%, segundo dados da PNAD Contínua divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 27. O resultado representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (6,8%) e […]

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A taxa de desocupação no Brasil entre março e maio de 2025 caiu para 6,2%, segundo dados da PNAD Contínua divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 27.

O resultado representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (6,8%) e de 1,0 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior (7,1%).

No período analisado, o número de pessoas desocupadas foi estimado em 6,8 milhões. Esse contingente é 8,6% menor do que o registrado no trimestre anterior (menos 644 mil pessoas) e 12,3% inferior ao total de desocupados no mesmo trimestre de 2024, quando havia 7,8 milhões de pessoas sem ocupação.

O contingente de pessoas ocupadas atingiu 103,9 milhões, o que representa um avanço de 1,2% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro e uma alta de 2,5% (mais 2,5 milhões de pessoas) na comparação anual.

O nível de ocupação (proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 58,5%, alta de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior e de 1,0 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2024.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho ficou em 14,9%, recuo de 0,8 ponto percentual frente ao trimestre encerrado em fevereiro (15,7%) e de 1,9 ponto percentual em comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa, “os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas”.

A taxa de informalidade no trimestre foi estimada em 37,8%, representando 39,3 milhões de trabalhadores informais. O índice é menor do que os 38,1% registrados no trimestre anterior e os 38,6% do mesmo período de 2024.

A redução é explicada pela estabilidade no número de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões) e pelo aumento de 3,7% no número de trabalhadores por conta própria com CNPJ, crescimento de 249 mil pessoas no trimestre e de 8,4% em um ano.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançou novo recorde: 39,8 milhões de pessoas. O indicador mostrou estabilidade em relação ao trimestre anterior e crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O número de desalentados — pessoas que desistiram de procurar emprego — também registrou queda. Foram 2,89 milhões no trimestre encerrado em maio, o menor número desde 2016.

Na comparação com o trimestre encerrado em abril, houve queda de 10,6%, e em relação ao mesmo período de 2024, a redução foi de 13,1%. Para Kratochwill, “essa queda pode ser explicada pela melhoria consistente das condições do mercado de trabalho. O aumento da ocupação gera mais oportunidades, percebidas pelas pessoas que estavam desmotivadas”.

Entre os dez grupamentos de atividade econômica investigados, apenas o de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou crescimento no número de ocupados em relação ao trimestre anterior.

Segundo Kratochwill, “esse grupamento possui uma característica peculiar neste trimestre, pois é quando ocorre o início do ano letivo. Consequentemente, é preciso uma estrutura de suporte, com a contratação de professores, ajudantes, cuidadores, cozinheiros e recepcionistas”.

Na comparação anual, cinco grupamentos apresentaram aumento no contingente de trabalhadores:
– Indústria Geral: 3,9% (mais 501 mil pessoas)
– Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 3,4% (mais 655 mil pessoas)
– Transporte, armazenagem e correio: 7,0% (mais 395 mil pessoas)
– Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: 3,7% (mais 475 mil pessoas)
– Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: 3,4% (mais 625 mil pessoas)

O único grupamento com queda foi o de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com redução de 3,9%, o equivalente a menos 307 mil trabalhadores.

O rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 3.457 no trimestre encerrado em maio, resultado estável em relação ao trimestre anterior e com crescimento de 3,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A massa de rendimento real habitual, que soma os rendimentos de todos os trabalhadores, chegou a R$ 354,6 bilhões. O valor representa um novo recorde, com alta de 1,8% no trimestre (mais R$ 6,2 bilhões) e de 5,8% na comparação anual (mais R$ 19,4 bilhões).

Segundo Kratochwill, “como o rendimento médio real permaneceu estável, consequentemente ocorreu aumento da massa de rendimentos, ou seja, a maior massa de rendimentos resultou quase exclusivamente da expansão do volume de ocupados, e não de aumento do rendimento médio”.

Os dados apontam um avanço consistente do mercado de trabalho no país, com recordes na formalização, redução na desocupação e melhoria nos indicadores de renda e participação da força de trabalho.

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