A administração de Donald Trump decidiu reter US$ 26 bilhões que estavam previstos para serem enviados à estados governados por democratas, numa medida anunciada nesta quarta-feira (1), durante o 15º shutdown da história dos Estados Unidos. O bloqueio de recursos acontece por causa da falta de um acordo orçamentário no Congresso, o que levou à paralisação de parte do governo federal.
Desses recursos, US$ 18 bilhões eram destinados a projetos de transporte em Nova York e US$ 8 bilhões seriam aplicados em programas de energia limpa nos Estados da Califórnia, Illinois e outros sob comando do partido da oposição. A medida aprofunda a tensão entre Trump e os democratas, que acusam o presidente de usar o orçamento como instrumento político.
O atual shutdown suspendeu operações em várias agências federais, interrompendo pesquisas científicas, fiscalização ambiental e diversos serviços públicos considerados “não essenciais”. Os Estados Unidos orientaram cerca de 750 mil servidores federais a interromperem suas atividades temporariamente, enquanto militares e agentes de fronteira seguem trabalhando sem garantia imediata de pagamento. O vice-presidente J. D. Vance chegou a afirmar que demissões poderiam ocorrer caso a paralisação se estenda por vários dias.
Na plataforma Truth Social, Trump afirmou que o shutdown oferece oportunidade para “eliminar a estagnação, o desperdício e a fraude” e disse que “bilhões de dólares podem ser economizados”. Essa retórica reforça a aposta do presidente em responsabilizar os democratas pelo impasse orçamentário, enquanto resiste a concessões que possam enfraquecer sua base política.


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