Menu

Para presidente do BC, ruído com o governo afeta previsão de inflação

Campos Neto diz que há insegurança no mercado sobre alteração da meta Publicado em 22/05/2023 – 13h23 Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – São Paulo Agência Brasil — O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (22) que as divergências públicas entre a autoridade monetária e o governo […]

3 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Campos Neto diz que há insegurança no mercado sobre alteração da meta

Publicado em 22/05/2023 – 13h23

Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Agência Brasil — O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (22) que as divergências públicas entre a autoridade monetária e o governo federal estão entre os fatores que mantém a alta das expectativas para inflação. “O ruído entre o governo e o Banco Central gerou uma incerteza em relação a capacidade do Banco Central de atingir os objetivos”, disse em palestra promovida pelo jornal Folha de S. Paulo.

Além disso, segundo Campos Neto, há uma insegurança no mercado sobre a possibilidade de que seja alterada a meta de inflação. “O componente da incerteza da meta é predominante, a gente precisa ver como isso vai se desenvolver. Mas, eu acho que a gente tem elementos para começar a ver essa expectativa de inflação caindo”, acrescentou.

No entanto, o Boletim Focus desta segunda-feira traz uma redução na previsão de inflação do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que caiu de 6,03% para 5,8% este ano. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,13%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 4% para os dois anos.

O presidente do BC diz acreditar que aumentar a meta de inflação não traria efeitos positivos. “Mudar a meta agora para cima não geraria flexibilidade [para a política fiscal do governo]”, disse. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%.

O CMN é formado pelos ministros da Fazenda, do Planejamento e pelo presidente do Banco Central.

Harmonia

Apesar de defender que a política monetária e a política fiscal devem ter “harmonia”, Campos Neto destacou que as ações do governo e do Banco Central têm diferenças importantes. “É importante separar o ciclo político do ciclo econômico. A gente precisa ter harmonia entre o fiscal e o monetário, mas nem sempre eles têm o mesmo ciclo. Intertemporalmente, os ciclos são diferentes. O tempo de efeito é diferente”, disse.

O presidente do BC disse ainda que não vê problemas em que a atuação da autoridade monetária sofra críticas, com as que foram feitas em diversas ocasiões pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente tem direito de entrar em um debate sobre taxa de juros que está acontecendo em vários outros países”, ponderou ao ser perguntado sobre o tema.

Campos Neto, entretanto, defendeu a atuação do BC, especialmente durante o ano passado, quando foi feita uma alta na taxa básica de juros para conter a inflação. “Se a gente não tivesse autonomia, o período de eleição brasileira teria mais volatilidade nos mercados. Óbvio que é difícil comprovar isso”, disse.

Edição: Aline Leal

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Alexandre Neres

22/05/2023 - 19h30

Mais uma vez esse senhor está tentando fazer uma comparação esdrúxula entre o Presidente Lula e o desgoverno anterior. Lula quer apenas o pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda, ao passo que Bob Fields Neto quer que o orçamento fique inteiro na mão dos rentistas. Nenhum governante anterior fez o que salnorabo fez, isto é, promoveu uma gastança desenfreada nessa proporção com o intuito de se reeleger, daí a comparação descabida do senhor Edson Luís Pianca, o qual quer passar pano para o mitômano.

O cuecão borrado só pode estar de pianca mole!

EdsonLuíz.

22/05/2023 - 16h29

Este presidente do Banco Central, o Roberto Campos Neto, me surpreendeu muito positivamente::
▪Ele foi indicado para o BC por Paulo Guedes, no governo Bolsonaro.
=>Para aceitar presidir o Banco Central ele exigiu autonomia formal:: o governo Bolsonaro encaminhou a formalização da autonomia e o Congresso aprovou. Concedida e aprovada a autonomia no BC, Roberto Campos assumiu.

■Por que ele exigiu autonomia formal?

▪O economista Roberto Campos sabe que aqui no Brasil politizam e/ou ideologizam tudo, transformando tudo em “Soluções Cloroquina”.
=>Ele pediu autonomia formal e prevista em Lei para ter independência nas decisões no Banco Central e assim poder atuar de forma estritamente técnica, sem se submeter à asquerosa política de populistas e demagogos em geral, que é o “pau que rola” nas nossas instituições, com pouco ou nenhum respeito a técnica e ao conhecimento.

Então, com autonomia prevista em Lei o presidente do Banco Central e o Copom e seus outros oito membros passaram a atuar protegidos da CLOROQUINIDADE dos nossos populistas Presidentes da Republica, dos nossos muitos Ministros carreiristas políticos e do Congresso cheio de parlamentares demagogos e corruptos.

▪▪▪
■Quando chegou 2021, em março, Jair Bolsonaro começou a fazer gastos fora do Orçamento…

………como Lula já fez antes e está repetindo ; e Lula agora até quer que o Arcabouço Fiscal autorize esse absurdo de fazer gasto com várias rubricas ou valores fora do Orçamento…..

…. Se Lula conseguir comprar deputados e senadores com a liberação de dinheiro para emendas que está fazendo, esses deputados e senadores comprados aprovarão o Arcabouço Fiscal e a Loas com certos gastos devidamente no Orçamento, mas sem correspondência para esses gastos com o dinheiro potencial e efetivamente arrecadado de impostos e sim com dinheiro que Lula vai conseguir fazendo… mais dívida….

▪▪▪▪▪
■Voltemos aos gastos de Bolsonaro e o que fez Roberto Campos Neto em relação a estes gastos com a autonomia de que ele foi investido por lei no Banco Central::
▪Jair Bolsonaro, a partir março/2021 ate agosto/2022, subia os gastos com dinheiro FORA DO ORÇAMENTO….
=>Roberto Campos, no Banco Central, AUMENTAVA os juros e assim esterilizava os efeitos danosos da gastança de Bolsonaro.

▪Bolsonaro fazia mais gastança (gasto fora do Orçamento é gastança:: portanto, lulistas, bolsonaristas, a esquedinha e a direitinha da gastança, por favor, não me agridam!); Roberto Campos subia mais os juros e esterilizava as consequências do gasto de Bolsonaro fora do Orçamento.

Foi para perseguir Bolsonaro que Roberto Campos foi subindo os juros?
▪Claro que não! Roberto Campos foi indicado para o Banco Central pelo governo Bolsonaro e dele até ganhou autonomia no BC. E mais:: eleitoralmente Roberto Campos vestia uma camisa verde e amarela e ia aos comícios de Bolsonaro.

Mas quando Roberto Campos chegava ao Banco Central pela mangã para trabalhar ele NÃO CLOROQUINIZAVA a economia e TODA vez que Bolsonaro, com objetivos eleitorais, expandiu gasto fora do Orçamento –ou seja:: sempre que Bolsonaro fez gastança para ganhar votos— Roberto Campos mostrou que é bom economisfa e que é sério e subiu os juros para anular as consequências danosas da gastança e da Política Fiscal ‘CLOROQUINA’ que Bolsonaro fazia.

É ou não é para admirar um profissional tão sério e que não mistura sua escolha eleitoral com a boa técnica econômica e com a responsabilidade profissional?
=>Eleitoralmente Roberto Campis apoiava Bolsonaro contra Lula, mas profissionalmente ele não transigiu e aumentou os juros para anular a gastança de Bolsonaro. Não houvesse feito isso e a gastança elegeria Bolsonaro. Porém, Roberto Campis sabia que se deixasse os juros baixos diante da gastança, Bolsonaro se elegeria mas o Brasil e os pobres ficariam ferrados.

Se Roberto Campos deixar Lula fazer a mesma coisa que Bolsonaro fez e não atuar para neutralizar os danos à economia e à inflação –ou quem deixar—
não estará sendo bonzinho com o Brasil e com o pobre, mas sendo populista, demagogo e perverso.

▪▪▪▪
Nós não aceitamos o populismo e a demagogia de Jair Bolsonaro, de fazer gasto fora do Orçamento e sem a previsão orçamentária, exigindo que os gastos de Bolsonaro fossem feitos devidamento com dinheiro arrecadado de impostos e não gastos feitos com dinheiro de dívida, o que leva a aumento de inflação, ferra com o país, ferra o crescimento econômico, ferra mais ainda com o mais pobre e leva ao aumento dos juros, transformando o Brasil em um paraíso de rentistas. Por isso, nós aplaudimos que Roberto Campis tenha subido os juros toda vez que Bolsonaro fez gastança.

●Pergunto::
▪Se não aceitamos gastança de Bolsonaro fora do Orçamento… Nós devemos aceitar de Lula gastança feita fora do Orçamento ou mesmo que com previsão no Orçamento, mas financiada com dinheiro de autorização de dívida???

=>Perguntei com três interrogações para perguntar forte porque também gostaria que você me respondesse com força:::
▪Se não aceitamos gastança de Bolsonaro, devemos aceitar gastança de Lula?

Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br

Alexandre Neres

22/05/2023 - 15h41

Eu gostaria de saber quando a autoridade monetária autônoma conseguirá colocar a inflação dentro da meta pela primeira vez desde que foi guindado ao posto com independência.


Leia mais

Recentes

Recentes