A Polícia Federal está em processo de negociação para um acordo de colaboração premiada com o ex-policial militar Ronnie Lessa, denunciado como responsável pelos disparos que resultaram na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, crime ocorrido há seis anos.
Segundo informações da colunista Juliana Dal Piva, no ICL Notícias, apesar dos avanços nas tratativas, fontes próximas ao caso indicam que a delação ainda não foi finalizada.
Segundo informações divulgadas inicialmente pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Lessa teria indicado, em suas declarações preliminares, que um dos mandantes do assassinato ocupa um cargo com foro privilegiado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Esse detalhe levou à transferência das negociações para a alçada do STJ, onde o procedimento de colaboração está sendo analisado.
O processo de colaboração encontra-se na fase de corroboração das informações fornecidas por Lessa, com a conclusão e homologação do acordo ainda pendentes. A existência do acordo, vazada em janeiro, pode ter influenciado o ritmo das negociações.
Paralelamente, o Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou, na última semana, que Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel e ex-bombeiro, seja levado a júri popular pela participação no crime. Esta solicitação decorre das declarações de Élcio de Queiroz, acusado de conduzir o veículo usado no ataque e que já firmou um acordo de colaboração com a Polícia Federal e o MP-RJ.
A expectativa, conforme declaração anterior do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, era de que o caso Marielle Franco fosse concluído no primeiro trimestre deste ano. A delação de Lessa, se confirmada, poderia ser decisiva para o esclarecimento dos mandantes do crime que chocou o país e gerou repercussão internacional.
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