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EUA e China se encontram em Madri em clima tenso

Bessent e vice-primeiro-ministro chinês se encontram em Madri para tratar de comércio, TikTok e segurança financeira O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, se encontrará na próxima semana em Madri com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, em uma reunião que promete abordar questões cruciais de comércio, economia e segurança nacional. Segundo informou […]

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Comércio, TikTok e segurança marcam diálogo em Madri
O secretário do Tesouro dos EUA se reúne com a China em Madri para discutir comércio, TikTok e estratégias contra lavagem de dinheiro / Reprodução

Bessent e vice-primeiro-ministro chinês se encontram em Madri para tratar de comércio, TikTok e segurança financeira


O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, se encontrará na próxima semana em Madri com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, em uma reunião que promete abordar questões cruciais de comércio, economia e segurança nacional. Segundo informou o Tesouro nesta quinta-feira, o encontro faz parte de uma viagem que Bessent realizará entre os dias 12 e 18 de setembro à Espanha e à Grã-Bretanha.

Durante a agenda em Madri, os dois líderes também discutirão o futuro da plataforma de vídeos curtos TikTok, além de estratégias conjuntas para combater a lavagem de dinheiro. Após a visita à Espanha, Bessent seguirá para Londres, onde se reunirá com autoridades locais, e se juntará ao presidente Donald Trump em sua visita oficial de Estado ao rei Charles, marcada para os dias 17 a 19 de setembro.

O encontro em Madri marcará o quarto grande contato presencial entre os principais responsáveis econômicos das duas maiores potências globais neste ano. O objetivo é manter a trégua comercial que já reduziu tarifas retaliatórias de ambos os lados e permitiu o retorno do fluxo de minerais de terras raras da China para os Estados Unidos.

Após encontros em Genebra e Londres, representantes de ambos os países concordaram, no final de julho em Estocolmo, em estender a suspensão das tarifas por mais 90 dias — medida aprovada por Trump em 12 de agosto, válida até 10 de novembro. No entanto, um acordo comercial mais abrangente continua distante. Atualmente, as tarifas americanas sobre produtos chineses somam cerca de 55%, incluindo impostos sobre o fentanil.

As negociações têm sido particularmente difíceis no setor agrícola. Pequim acusa os Estados Unidos de protecionismo “desenfreado”, enquanto Washington critica a China por não cumprir o acordo de 2020, que previa aumentos significativos nas compras de produtos agrícolas americanos. Segundo autoridades americanas, a China teria transferido parte dessas compras para o Brasil e a Argentina, prejudicando produtores de soja dos EUA, que já perdem vendas importantes na metade da temporada de comercialização.

Ainda não está claro se a reunião em Madri resultará em avanços significativos em agricultura ou na redução de tarifas.

TikTok no centro das discussões

O futuro do TikTok, aplicativo chinês de vídeos curtos da ByteDance, também estará na pauta. O Tesouro alerta que a plataforma corre risco de banimento nos EUA a menos que se torne de propriedade americana. Trump, que recentemente inaugurou uma conta no TikTok, prorrogou o prazo para que a empresa alienasse seus ativos nos Estados Unidos até 17 de setembro. Em reuniões anteriores, em julho, Bessent havia afirmado que o tema ainda não havia sido discutido.

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Combate à lavagem de dinheiro e segurança internacional

Além do comércio e do TikTok, a cooperação no combate à lavagem de dinheiro será tema central. O Tesouro dos EUA destacou que a prática ameaça as economias dos dois países e que medidas coordenadas podem conter o fluxo de financiamento ilícito. Parte dessa pressão está relacionada à tentativa de reduzir o envio de tecnologias militares e de uso duplo da China para a Rússia, no contexto do conflito na Ucrânia. Apesar de o Tesouro ter autoridade para sancionar bancos chineses envolvidos nesse tipo de transação, medidas concretas ainda não foram aplicadas, embora tal ação pudesse bloquear o acesso dessas instituições ao dólar.

A reunião de Madri, portanto, reúne uma combinação delicada de comércio, segurança econômica e tecnologia, com impactos diretos não apenas nas duas maiores economias do mundo, mas também no cenário global de inovação, agricultura e geopolítica.

Com informações de Reuters*

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