O Xadrez para Governador do Ceará
Ceará e os candidatos a governador do Estado.
O PIB brasileiro no terceiro trimestre do ano, crescendo 0,6% sobre o trimestre anterior, foi decepcionante. A economia brasileira, no entanto, vai muito bem, obrigado.
A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2012, sobre o primeiro trimestre do ano.
É com orgulho que este blogueiro doentiamente nacionalista informa que a prévia do PIB, anunciada hoje pela manhã pelo Banco Central, indica que a economia brasileira voltou a crescer.
Hoje a Folha estampou manchetão pessimista: "Tombo da indústria atrasa retomada da economia brasileira".
No dia 26, o Banco Central divulgou os índices da atividade econômica brasileira, e a mídia repercutiu, como sempre, apenas o seu aspecto negativo, omitindo acintosamente uma série de coisas.
Hoje era dia de escrever sobre cultura no Cafezinho, mas sou obrigado a mudar mais uma vez a agenda para apagar um incêndio provocado pela Folha. O complexo de terceiro mundo baixou na Barão de Limeira nesta sexta-feira. Ao ler a matéria, o internauta que acompanha o Cafezinho deve estar se perguntando se eu não estou doido ou coisa parecida ao negar que haja desindustrialização no Brasil.
Depois do susto que o analista tomou ontem, ao verificar a queda na produção industrial em janeiro, o que lançaria por terra alguma das minhas teorias mais caras, hoje eu pude respirar aliviado após ler os jornais e examinar com mais calma os números do IBGE.
Eu vinha aqui fazer alguns comentários sobre os cacoetes de nossos analistas e da obsessão midiática em pintar sempre um quadro pior do que é, mas fui surpreendido pela divulgação há pouco, pela produção industrial brasileira em janeiro, que levou um tombo. Estou até com medo do que os jornais dirão amanhã.
O IBGE publicou hoje as estatísticas referentes ao PIB em 2011. O dia de economia do Cafezinho é quarta-feira, mas a importância desses números justificam uma certa flexibilidade em nossa agenda.
Um seleto clipping sobre o noticiário econômico desta quarta-feira.
O Globo deu destaque hoje à notícia de que a economia brasileira assumiu o sexto lugar no ranking mundial, mas tentou deslustrá-la lembrando-nos que somente em 20 anos os brasileiros terão qualidade de vida similar a dos europeus.
O grande perigo das análises econômicas é que elas se prendem facilmente a mitos, a percentuais mal interpretados. Se eu disser que corri hoje 20% a mais que ontem, e você me disser que correu apenas 1% a mais que ontem, quem correu mais? Pergunta boba, não é? Mas é exatamente disso que se trata.
Em matéria de economia, as atenções agora se voltam para o último trimestre do ano. Só ele pode salvar o PIB de 2011. Pois bem, se depender das exportações, as notícias são boas até novembro.
Ainda bem que o PIB ficou no zero a zero. Se houvesse um sinalzinho de negativo, os jornais de hoje amanheceriam com citações do Apocalipse de São João. Admito que desenvolvi certa implicância com esse pessimismo crônico da mídia nacional. Existem leis não-escritas do marketing midiático, as quais ainda não consegui compreender muito bem (decerto por ignorância minha), que dão às notícias negativas um impacto comercial bem maior que as positivas.
A mídia brasileira, em linha com pensamentos de setores da elite, pensa que vive na Europa ou nos EUA. Até o baixo astral econômico ela copia de lá. O IBGE acaba de divulgar o crescimento do PIB no terceiro trimestre do ano.
Dados e infográficos sobre a dívida pública em diversos países, inclusive o Brasil.
O Globo dedicou seu espaço mais nobre, a página 3 inteira, a uma matéria com dados do recém divulgado Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2011. Falou bobagem, para variar.
Se a oferta de vagas neste fim de ano, no Rio de Janeiro, crescer 10,6% sobre 2010, que foi um ano que registrou um forte crescimento econômico, isso é um sinal de que o PIB brasileiro de 2011 ainda pode surpreender.
É uma notícia extraordinariamente positiva para o país, embora a essa altura não desperte muito entusiamo. O IBGE revisou para baixo a recessão que sofremos em 2009, por conta da crise econômica mundial.