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As mentiras do PT sobre Pinheirinho

Em face da reintegração judicial de posse da área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, o PT montou uma fábrica de mentiras para divulgar nas próximas campanhas eleitorais.

7 comentários
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Obs: Evidentemente discordo 100% desse artigo. Publico apenas para pontuar o debate, e para fazer um registro histórico sobre as posições dos respectivos campos políticos nesse episódio.

Por ALOYSIO NUNES FERREIRA, senador do PSDB-SP, na Folha

Não houve nenhum massacre em São José dos Campos como anunciou o governo do PT, e a operação foi planejada por mais de quatro meses

Em face da reintegração judicial de posse da área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, o PT montou uma fábrica de mentiras para divulgar nas próximas campanhas eleitorais. Em respeito aos leitores da Folha, eis as mentiras, seguidas da verdade:

Mentira 1: “O governo federal fez todos os esforços para buscar uma solução pacífica”.

Verdade: Desde 2004, a União nunca se manifestou no processo como parte nem solicitou o deslocamento dos autos para a Justiça Federal. Em 13 de janeiro de 2012, oito anos após a invasão, quando a reintegração já era certa, o Ministério das Cidades -logo o das Cidades, do combalido ministro Mário Negromonte- entregou às pressas à Justiça um “protocolo de intenções”. Sem assinatura, sem dinheiro, sem cronograma para reassentar famílias nem indicação de áreas, o documento, segundo a Justiça, “não dizia nada”, era uma “intenção política vaga.”

Mentira 2: “Derramou-se sangue, foi um massacre, uma barbárie, uma praça de guerra. Até crianças morreram. Esconderam cadáveres”.

Verdade: Não houve, felizmente, nenhuma morte, assim como nas 164 reintegrações feitas pela Polícia Militar em 2011. O massacre não existiu, mas o governo do PT divulgou industrialmente a calúnia. A mentira ganhou corpo quando a “Agência Brasil”, empresa federal, paga com dinheiro do contribuinte, publicou entrevista de um advogado dos invasores dando a entender que seria o porta-voz da OAB, entidade que o desautorizou. A mentira ganhou o mundo. Presente no local, sem explicar se na condição de ativista ou de servidor público, Paulo Maldos, militante petista instalado numa sinecura chamada Secretaria Nacional de Articulação Social, disse ter sido atingido por uma bala de borracha. Não fez BO nem autorizou exame de corpo de delito. Hoje, posa como ex-combatente de uma guerra que não aconteceu.

Mentira 3: “Não houve estrutura para abrigar as famílias”.

Verdade: A operação foi planejada por mais de quatro meses, a pedido da juíza. Participaram PM, membros do Conselho Tutelar, do Ministério Público, da OAB e dos bombeiros. O objetivo era garantir a integridade das pessoas e minimizar os danos. A prefeitura mobilizou mais de 600 servidores e montou oito abrigos. Os abrigos foram diariamente sabotados pelos autodenominados líderes dos sem-teto, que cortavam a água e depredavam os banheiros.

Mentira 4: “Nada foi feito em São Paulo para dar moradia aos desabrigados”.

Verdade: O governo do Estado anunciou mais 5.000 moradias populares em São José dos Campos, as quais se somarão às 2.500 construídas nos últimos anos. Também foi oferecido aluguel social de R$ 500 até que os lares definitivos fiquem prontos. Nenhuma família será deixada para trás.

Entre verdades e mentiras, é certa uma profunda diferença entre PT e PSDB no enfrentamento do drama da moradia para famílias de baixa renda. O Minha Casa, Minha Vida só vai sair do papel em São Paulo graças ao complemento de R$ 20 mil por unidade oferecido pelo governador Geraldo Alckmin às famílias de baixa renda. Sem a ajuda de São Paulo, o governo federal levaria 22 anos para atingir sua meta.

O PT flerta com grupelhos que apostam em invasões e que torcem para que a violência leve os miseráveis da terra ao paraíso. Nós, do PSDB, construímos casas. Respeitar sentença judicial é preservar o Estado de Direito. É vital que esse princípio seja defendido pelas mais altas autoridades. Inclusive pela presidente, que cometeu a ligeireza de, sem maior exame, classificar de barbárie o cumprimento de uma ordem judicial cercado de todas as cautelas que a dramaticidade da situação exigia.

ALOYSIO NUNES FERREIRA é senador por São Paulo (PSDB)

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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charlesfildes

01/02/2012 - 23h58

Esses filmes derruba tudo que ele disse: http://www.youtube.com/user/pedroriosleao1?featur

Marco Antonio Rodrigues

01/02/2012 - 22h24

Assistam o documentário A Doutrina do Choque (The Shock Doctrine) de Naomi Klein e estabeleçam um paralelo entre ele e a invasão do Pinheirinho

Abdelnur

01/02/2012 - 18h48

Infelismente esse Sr. é de minha terra. Me lembro, durante a minha infância do cartaz de PROCURA-SE com sua foto, na agência de correios. Se ele tem dúvidas, é só visitar o site do Vi o mundo (http://www.viomundo.com.br/denuncias/adriano-diogo-depois-de-balear-david-pelas-costas-a-cgm-atirou-nele-de-novo.html) ou ir visitar os abrigos, mas não da forma que visitava bancos durante o período do golpe militar. Aquele povo não tem nada de valor e eles não mudam de lado, viram a casaca etc…etc…

Carlos

01/02/2012 - 16h32

Eu concordo 100% com a publicação do senador tucano…
Não defendo nenhuma bandeira política, mas sou de São José dos Campos e venho acompanhando isso tudo que envolve o Pinheirinho de perto, desde 2004 e aquilo foi evidentemente uma massa de manobra do arroio PSTU/PT/Sindicatos, que se utilizaram da ingenuidade e necessidade de pessoas menos favorecidas para se valer politicamente, obrigando pessoas a pagar pelo que não lhes era de direito e infestando aquelas redondezas de drogas, prostituição, assaltos, sequestros-relâmpago e findando nos últimos meses a paz na zona sul da cidade…

Não acredito que as medidas tomadas foram as melhores possíveis, mas não houve esforço algum por parte do governo federal, a não ser em inventar coisas que não aconteceram… Analisando tudo por um macro e estando próximo de toda a história, como estava, posso lhes dizer seguramente que há mais verdades na publicação deste senador do que em tudo que já foi errôneamente veiculado na mídia ou até mesmo em nome do PT… E digo mais: Os "ativistas" do PSTU são os grandes responsáveis por tudo que aconteceu e em nada, absolutamente em nada, contribuíram com as necessidades das pessoas realmente humildes que ali se abrigaram nos últimos 8 anos…

    David

    02/02/2012 - 12h40

    Carlos, na minha opinião o ponto mais revoltante disso tudo foi deixar milhares de pessoas desabrigadas e passar o trator por cima das casas que foram construídas ao longo de anos por quem nunca teve suporte do estado e cujo maior crime foi tentar construir um teto em um terreno abandonado. Pouco importam se são "ativistas". Pra você "o que aconteceu" foi a violência da PM. Do meu ponto de vista isso foi apenas um dos desdobramentos. O que aconteceu foi a rejeição dos artigos constitucionais que garantem a dignidade, garantem o direito a moradia, saúde e educação, exigem que as propriedades cumpram seu papel social, em prol do artigo constitucional que garante a propriedade privada.

    David

    02/02/2012 - 12h42

    Os grandes culpados por esse ato desumano de tirar pessoas de suas casas foi a prefeitura de São José, a "justiça" se São Paulo, o governo de São Paulo que cumpriu essa determinação ridícula quando se quisesse poderia ganhar tempo, como já foi feito antes por outros governadores de estados, a polícia que pelos vídeos disponíveis no Youtube exagerou na força necessária (claro que o policial tem que cumprir ordens mas não pode sair espancando pessoas desarmadas) e a União que em última instância deveria ter pressionado mais o município diante dessa situação. Agora se pra você o que improta é tirar pobre de perto do seu bairro e achou que o problema foram os "arruaceiros" que impediram que o povão, assim como gado, fosse tocado pacificamente pra fora do terreno, aí já é um outro problema…

marcio cruzeiro

01/02/2012 - 11h04

Essa fala do Nobre Senador, foi dita para dentro dos Tucanos.


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