Sem comentários. Apenas assistam.
Nem o PSDB nem a imprensa estão levando à sério a repercussão do caso Pinheirinho, e com isso cometem um terrível equívoco. O Brasil não suporta mais esse tipo de violência e quando a perplexidade, a tristeza e a indignação emocionada se amainarem, serão substituídas por um tipo de sentimento de revolta frio, objetivo e racional.
Em face da reintegração judicial de posse da área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, o PT montou uma fábrica de mentiras para divulgar nas próximas campanhas eleitorais.
Relato de um cidadão que esteve nos abrigos das vítimas de Pinheirinho.
Organizações encaminham à ONU e à OEA relatório reportando violação de direitos humanos no despejo da Comunidade de Pinheirinho.
Em nota divulgada nesta terça-feira, 31, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República denunciou que foram constatadas "diversas violações de direitos humanos" na desocupação da invasão de Pinheirinho
A grande mídia me parece um pouco dispersa nesta terça-feira. Estadão e Globo dão manchete para uma possível substituição do ministro das Cidades, Mario Negromonte. Fala-se em suspeita de irregularidades, mas a razão principal seria a disposição do Partido Progressista de indicar um outro nome.
A síntese dos disparates proferidos sobre a operação foi dada pela secretária de Justiça de Alckmin, Eloísa Arruda, para quem a legalidade está acima dos direitos humanos.
Vamos é trabalhar para termos 50 mil bons cidadãos no lugar certo e na hora certa, da próxima vez.
Não é a primeira coluna em que Janio de Freitas critica o governo Alckmin pela reintegração de posse na comunidade Pinheirinho. Ele já o fez em texto publicado no dia 26, no qual se recusa inclusive a chamar a operação de "reintegração de posse". Prefere chamá-la de crime e abuso de poder.
Ainda existem seres humanos no jornalismo brasileiro.
O principal argumento que tenho escutado para justificar a violenta reintegração de posse da comunidade de Pinheirinho é o de que a polícia tinha de cumprir uma determinação judicial. É a lei, estúpidos. Outro argumento, ligado a este, atribui a culpa à propriedade privada. É o capitalismo, estúpidos.
Pinheirinho saiu das manchetes e o núcleo duro da grande imprensa continua tentando aliviar a barra do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, mas a injustiça fala mais alto. As denúncias vem caindo sobre o colo dos repórteres.
Este Cafezinho se pretende apartidário, mas não se pode ser isento em face da barbárie. Como diria Rui Barbosa, quando o acusavam de ser parcial no debate acerca da escravidão, da qual ele sempre foi um intransigente inimigo: não existe imparcialidade perante a injustiça.
A truculência do governo Alckmin contra seis mil cidadãos brasileiros não seria justificada nem se fossem seis mil haitianos ilegais. Não seria justificada nem se fossem seis mil cães!