O crime e a traição de Eduardo Cunha, em vídeo

DF - PT/PMDB/TEMER - POLÍTICA - O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), coordena reunião da bancada do partido para decidir sobre o rompimento, ou não, com a aliança com o PT e a possível antecipação da convenção do partido, no plenário 4 das comissões da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta terça-feira. 11/03/2014 - Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

No vídeo abaixo, vê-se Eduardo Cunha prometendo que não votaria novamente a questão do financiamento de campanha, porque havia “acordo político”.

No dia seguinte, Cunha joga fora o que ele mesmo tinha falado, em vídeo, e põe novamente em votação o financiamento empresarial para campanhas eleitorais.

Hoje há entendimento, da OAB, da Associação de Magistrados do Brasil, e de crescentes setores do próprio Congresso Nacional, de que Cunha violou a Constituição, ao botar em votação a mesma pauta do dia anterior.

Então vale mandado de segurança para anular a votação na Câmara.

Interessante notar que Cunha está conseguindo uma proeza: tornar-se uma unanimidade negativa junto aos setores mais politizados da sociedade, em especial nas comunidades jurídica e acadêmica, que, nos últimos anos, juntamente com os mais diversos movimentos sociais, realizaram centenas de debates sobre reforma política.

Para mim, pior do que o crime contra a Constituição, é a traição a um acordo político feito publicamente, diante de todas as lideranças partidárias.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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