Vai chover! Globo dá notícia boa sobre economia brasileira

Após 2 anos de saídas, Brasil tem ingresso de US$ 9,4 bilhões em 2015

Fluxo de dólares, porém, não impediu a disparada da moeda dos EUA. Segundo especialista, queda das importações influenciou resultado.

por Alexandro Martello, no G1

Após dois anos de retiradas de recursos da economia brasileira, os dólares voltaram a entrar no país em 2015. Segundo divulgou o Banco Central nesta quarta-feira (6), o ingresso de divisas superou a saída de valores no Brasil em US$ 9,41 bilhões em todo ano passado. Em 2013 e 2014, respectivamente, US$ 12,26 bilhões e US$ 9,28 bilhões saíram do país.

A entrada de recursos favoreceria, em tese, a queda do dólar. Isso porque, com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia, teoricamente, a ficar menor. Entretanto, o ingresso de recursos não impediu a disparada da moeda norte-americana, que avançou quase 50% no ano passado, a maior alta em 13 anos.

Além do fluxo de recursos, outros fatores também influenciam a cotação do dólar no Brasil. Entre elas, estão as sinalizações sobre a política de juros dos Estados Unidos, os indicadores da economia brasileira – que registraram desempenho ruim em 2015 – além de tensões políticas e notas das agências de classificação de risco (no ano passado, o Brasil perdeu o grau de investimento por duas das três maiores agências de rating).

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Fluxos comercial e financeiro

O fluxo cambial brasileiro possui duas contas: a comercial, na qual são fechados os contratos de câmbio para operações de exportação e importação, e a conta financeira, que inclui as demais operações, como os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos (parcelas dos lucros) e empréstimos tomados no exterior, entre outros.

Segundo o BC, a entrada de dólares do Brasil, em 2015, está relacionada unicamente com a conta comercial (que contabiliza os pagamentos das importações e exportações). Neste caso, com a queda de compras do exterior, houve um saldo positivo de US$ 25,48 bilhões em 2015. Pela conta financeira, onde transitam as demais operações, houve uma retirada de US$ 16,07 bilhões no ano passado.

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