Crise castiga bancos no mundo

Comentário do blog: Aí a crise mundial que a nossa mídia tentou até o último momento esconder dos brasileiros, no esforço desesperado para culpar Dilma por todos os males do planeta.

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no Paraná Cooperativo

Os mercados globais viveram ontem mais um dia de pânico, registrando fortes quedas nas ações de bancos europeus, americanos e asiáticos. O Euro Stoxx Banks, índice que reflete as ações de bancos da zona do euro, recuou 6,48%, acumulando queda de 30,32% no ano. O temor é o de uma nova turbulência bancária nas economias avançadas, por razões distintas da crise de 2007/8, mas tão preocupante quanto aquela.

Fed – A expectativa crescente de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, não eleve mais a taxa de juros neste ano, especialmente após o depoimento da presidente da instituição, Janet Yellen, ao Congresso americano, prevaleceu sobre a atuação dos outros bancos centrais, que tentam reanimar suas economias.

Preocupações – A queda contínua no preço do petróleo tem gerado preocupações sobre investimentos nos EUA, além de fomentar temores de inadimplência entre as empresas que atuam no segmento de gás de xisto. A desaceleração da China, associada à tentativa de manipulação do yuan pelo país asiático, implica crescimento mais lento da economia mundial. Assim, diz em análise John Authers, do “Financial Times”, os investidores começaram a colocar nos preços dos ativos os riscos de uma recessão nos EUA neste ano.

Temores – Os temores se realimentam. A elevação do custo de crédito dificulta a vida de bancos e empresas endividadas. O recuo nos preços das ações são um problema porque, segundo analogia de Mark Lapolla, da Stableford Capital, o S&P 500 ­ índice da bolsa americana ­ é o “caixa automático do mundo”. É um grande estoque de dinheiro que pode se converter em liquidez imediata. Como o petróleo deixou de assegurar semelhante liquidez, o impulso de vender ações de empresas americanas aumenta.

Consequências negativas – Paralelamente a tudo isso, as medidas tomadas por outros bancos centrais produziram consequências negativas e inesperadas. O índice Topix, que reflete o desempenho dos bancos japoneses, caiu mais de 20% desde que o Bank of Japan (BoJ), o BC japonês, adotou taxas de juros negativas. Embora muitos argumentem que não necessariamente essas taxas prejudiquem os lucros dos bancos, os investidores japoneses discordaram e, por isso, saíram em disparada vendendo ações de seus bancos.

Efeito – Esse sentimento estimulou as vendas de papéis de bancos europeus e americanos. A queda na confiança da eficácia dos bancos centrais em lidar com essa situação realimenta o ciclo de desconfiança com que os mercados se defrontam. Poderão ser necessárias medidas dos governos para romper esse ciclo. (Valor Econômico)

 

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