Charge: Aroeira
Que os conhecimentos geopolíticos do novo chanceler, José Serra, são limitados, todos sabem. Mas, no último domingo, em entrevista ao Estadão, o tucano – que aceitaria qualquer cargo oferecido pelo presidente ilegítimo Michel Temer – chegou ao ápice: disse, literalmente, que não conhece a NSA (Agência de Segurança Nacional, órgão de espionagem dos EUA).
Vale recordar que, em julho de 2015, o site WikiLeaks revelou que a agência grampeou telefones da presidenta Dilma, de ministros e até do avião presidencial.
Se Serra desconhece a NSA, provavelmente sequer sabe quem são Edward Snowden e Julian Assange.
E, de modo bizarro, não tem a menor noção sobre as ameaças que a espionagem norte-americana traz ao Brasil.
Este é o nosso chanceler, senhoras e senhores.
Veja, abaixo:
(…)
O sr. assume num momento em que o Brasil precisa revigorar as relações com Washington, depois que elas ficaram esgarçadas pela contaminação ideológica no Brasil (sic) e pela espionagem da NSA até da presidente…
NSA, o que é isso? Os EUA são uma peça essencial do mundo contemporâneo, embora já não tão dominante como no passado, pois você tem novos centros de poder e de economia, caso típico da China. Nossa relação com os EUA é secular e fundamental e deve com certeza se tornar mais próxima no comércio. O grande investimento aí é a remoção de barreiras não tarifárias. Eles têm uma rede de proteção não tarifária, na área fitossanitária, por exemplo, que exige negociação. Vamos trabalhar incessantemente nessa direção.
P.S.: Em 2012, durante entrevista a Boris Casoy, Serra afirmou que nosso país se chama “Estados Unidos do Brasil”. O que esperar, a partir de então?