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Servidores da CGU dizem que não vão cumprir ordem de ministro

Em rebelião contra Fabiano Silveira, funcionários da Controladoria-Geral da União entregam cargos, lavam prédio e ocupam ministério. “Ele está ocupando o cargo de maneira ilegítima. Não consideramos Fabiano ministro da CGU”, diz presidente de sindicato por Gabriel Pontes, no Congresso em Foco Servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) anunciaram nesta segunda-feira (30) que não vão […]

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Em rebelião contra Fabiano Silveira, funcionários da Controladoria-Geral da União entregam cargos, lavam prédio e ocupam ministério. “Ele está ocupando o cargo de maneira ilegítima. Não consideramos Fabiano ministro da CGU”, diz presidente de sindicato

por Gabriel Pontes, no Congresso em Foco

Servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) anunciaram nesta segunda-feira (30) que não vão cumprir ordens do novo ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, e dizem que não o consideram como seu chefe. “Ele está ocupando o cargo de maneira ilegítima. Não consideramos Fabiano ministro da CGU”, disse ao Congresso em Foco o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), Rudinei Marques, servidor da controladoria.

Em protesto contra Fabiano Silveira, chefes de 23 representações estaduais da CGU e outros 200 ocupantes de cargos de direção e assessoramento superior (DAS) anunciaram a entrega de seus cargos. Eles afirmam que não trabalham com o novo ministro e cobram a imediata saída de Fabiano, flagrado em conversa gravada orientando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a se defenderem na Operação Lava Jato.

Cerca de 300 servidores da CGU estão acampados em frente à sede do órgão, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília. Eles impediram a entrada do ministro ao cercar o veículo que o transportava e promoveram uma “lavagem”, com água e sabão, na entrada do prédio e do gabinete dele. Além de pedir a demissão imediata de Fabiano, os manifestantes querem a retomada do status de ministério independente da CGU e a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (CGU) que dá mais poder ao órgão de fiscalização e controle.

“Quando Fabiano foi indicado por Renan Calheiros para a CGU acendeu nos servidores um sinal de alerta”, afirmou Rudinei. Funcionário de carreira do Senado, Fabiano foi conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo o sindicalista, Renan engavetou a proposta de emenda à Constituição (PEC 45/2009) que dá “soberania” à CGU para investigar e apresentar laudos, contrariando posicionamento dos líderes partidários, que haviam entrado em acordo para que o texto fosse votado.

De acordo com assessores da CGU, Fabiano está reunido com o presidente interino Michel Temer. A expectativa dos servidores é que o ministro seja exonerado ainda hoje. Eles farão uma caminhada até o Palácio do Planalto logo mais, às 14h, para reforçar o grito pela saída de Fabiano.

Em nota divulgada nesta manhã, o presidente da Unacon Sindical disse que Fabiano Silveira demonstrou não ter condições de ser ministro.

Leia a íntegra da nota do Unacon Sindical:

“As gravações divulgadas em 29 de maio pelo programa Fantástico, da TV Globo, com conversas entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, o ex-senador e ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o atual ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Martins Silveira, exigem respostas rápidas e assertivas do presidente interino Michel Temer.

O Sr. Fabiano Martins Silveira, ao participar de reuniões escusas para aconselhar investigados na operação Lava Jato, bem como ao fazer gestões junto a autoridades e órgãos públicos a fim de apurar denúncias contra seus aliados políticos, demonstrou não preencher os requisitos de conduta necessários para estar à frente de um órgão que zela pela transparência pública e pelo combate à corrupção.

Da mesma forma, torna-se evidente que as alterações introduzidas na Controladoria-Geral da União (CGU), por meio da Medida Provisória nº 726/2016, tiveram por objetivo enfraquecer a atuação do órgão, com a implosão de sua identidade institucional, o esvaziamento de suas prerrogativas e a ingerência política sobre os acordos de leniência.

O Unacon Sindical exige a imediata exoneração do Sr. Fabiano Martins Silveira, assim como a revogação de todos os dispositivos da MP nº 726/2016 que introduziram mudanças na Controladoria-Geral da União.

Brasília, 30 de maio de 2016

Rudinei Marques
Presidente”

 

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Comentários

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Daniel

30/05/2016 - 20h37

Qual o interesse da GLOBO em detonar esse cara? Seria para limpar a barra em relação ao áudio do Jucá que ela tentou esconder e negociou com Temer e Cunha até o fim do JN? Seria uma bomba de fumaça, para fritar um e deixar passar uma boiada? Fritar alguns do lado de lá, para equilibrar a balança na hora de Moro atacar do lado de cá? As possibilidades são várias, mas com certeza, todas para beneficiar o GOLPE e ferrar o povo.
Nada do que vier desses atores do GOLPE é digno de confiança. Mentem até quando dizem a verdade.
Por que estão soltando essas bombas a conta gotas, a prestação. Com certeza faz parte de uma jogada por trás, talvez um plano B dos Golpistas?

Fabiana

30/05/2016 - 20h35

Nada de arrego. É uma chuva de golpista caindo no chão , fazendo escoar um verdadeiro lamaçal.

Camem Oliveira

30/05/2016 - 20h07

Que ministro? Acabou de cair. Desse jeito, Temer não dura nem mais 30 dias…

….Afff!

    Fabiana

    30/05/2016 - 20h30

    Imagine a festa ……

    Não vencemos a Copa em , mas a festa será bem maior .

Alexandre Moreira

30/05/2016 - 19h11

Agora tá ficando bonito, funcionários pairando o ministro. Não tinha PT, nem MST, nem sei lá o que. Era só coxinha contra coxinha. O canibalismo começou.

    Fabiana

    30/05/2016 - 20h33

    Os coxinhas que viraram trouxinhas, agora querem pelo menos ser o pão do sanduíche da mortadela

      Alexandre Moreira

      30/05/2016 - 21h26

      Duvido que algum dia reconheçam o quanto foram usados. Não foi a primeira nem a última vez. A vida segue e nos continuamos levando a carga da intolerância e da mediocridade deles. É o preço de se ter consciência.

Daniel

30/05/2016 - 19h02

Já passou da hora, que no máximo teria sido quando apareceu a gravação do Jucá, já que chegou-se até ali, de o povo ir pra rua em massa, e acabar com essa farsa desses canalhas. Nenhum deles, já que estão todos envolvidos, vai se comover com protestos aqui e ali, nem com a repercussão internacional, nem nada. Vai ter que ser na marra, com o povo EXIGINDO que a Democracia seja restituída e respeitada, e isso se dá com o cancelamento desse processo e a recondução de Dilma. Se esperar para o julgamento do Senado, estaremos validando toda essa armação que aí está. E até lá já terão entregue o Pré-Sal e destruído as conquistas sociais do povo. E se eles tiverem a pachorra de levar até o fim, o que faremos então, aí é que pensaremos em reagir, ou continuaremos somente nos indignando sentados na frente do computador, como que não estando a bordo do barco que afunda?

João Luiz Brandão Costa

30/05/2016 - 18h41

Houve um engano da parte de Temer. O nome do ministério está errado. Deveria ter sido Ministério do Controle da Transparência e Fiscalização. Controle doa abusados que solicitarem informações incômodas e fiscalização interna dos servidores suscetíveis de vazar informações de interesse da nação e da cidadania.
Os caras acabam um ministério e querem que os servidores estejam contentes. Jênios, kkkkkkk

Eduardo Albuquerque

30/05/2016 - 18h35

Desde que o interino assumiu o lugar que Dilma conquistou de forma legitima e legal que o país se tornou-se uma nave sem rumo. Tudo está mais tenso e preocupante do que todo o ano de 2015 e esses meses de 2016 quando a parte alta – e mais podre – da sociedade organizava e desenvolvia abertamente o golpe.

Desde as semanas em que se dizia “nao vai ter golpe” e outra parte menor colava o”nao vai ter luta” ficou claro qua a sociedade estava sim disposta a lutar, mas nem tanto.

Se hoje nao podemos dizer que a sociedade engoliu e digeriu o Temer et caterva, esta mesma sociedade ainda nao decidiu até onde vai para apressar a saida de Temer.

As vias do Senado e a do STF são inviáveis. Nessas instituiçoes o jogo já está definido.

Nessas duas semanas ocorreram fatos que ilustram o que ainda está por vir caso Temer continue até 2018.

Ja se fala em eleiçoes já para Presidente e Congresso. Isso resolveria o que? Pra quem? E o STF continuaria o mesmo…

Por que estamos abdicando do direito e dever de derrubar uma quadrilha?

Eleiçoes nao seriam também legitimar essa quadrilha lhe dando o direito de concorrer com os incomensuráveis meios que possuem e possibilitando derrotar o projeto das esquerdas?

Estamos tendo a possibilidade de escurraçar a camarilha e vamos abrir mão disso?


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