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Estômago de Aço – Clipping analítico da grande imprensa
Por Eder Casagrande, analista de mídia do Cafezinho
Boa tarde.
Seria redundante dizer que a prisão do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) dominou o conteúdo veiculado pela grande imprensa. Mais do que sua prisão, acredito que o importante agora é compreender as consequências dela, sobretudo se considerarmos seu desejo em publicar um livro + uma possível delação premiada.
Salva-se quem puder!
Até amanhã.
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- JN
Prisão de Cunha ocupou 4 notícias na edição de ontem (19)
Depois de ter ido à casa de Cunha no RJ e não o encontrado, a PF ligou para o telefone do ex-deputado que estava em Brasília. Sua mulher chorava. Cunha estava acompanhado de seu advogado e já com malas prontas. Não resistiu à prisão e foi conduzido ao avião da polícia sem algemas.
De Brasília, a correspondente Delis Ortiz mostrou a repercussão no Planalto a partir da prisão de Cunha. A plenária da Câmara ficou vazia no restante do dia. Na mesma matéria, Delis fez um pequeno retrospecto sobre a figura de Cunha, enfatizando sua habilidade política, capacidade de articulação e o principal, o conhecimento que o deputado cassado possui sobre os podres do bastidor político brasileiro.
Na terceira matéria sobre sua prisão foram exibidos trechos em destaque do despacho feito pelo juiz Sérgio Moro. Segundo o que consta, Cunha ainda mantém 13 milhões de dólares em patrimônio oculto, o que lhe possibilitaria fugir do país. Além disso, Moro afirmou que mesmo depois de cassado o ex-deputado ainda exercia influência sobre os investigados na Operação Lava Jato, e que prendê-lo garantiria a integridade das delações.
Já em Curitiba, Cunha está preso na sede da PF e encontra-se sozinho numa cela com 12 metros quadrados.
Eleições EUA: último debate Hillary x Trump
Matéria mostrou que as atenções da imprensa internacional estavam voltadas ao último debate antes das eleições. Ressaltou o aspecto belicoso no campo da vida pessoal e também política entre os candidatos, como aconteceu durante toda a campanha.
- Folha de São Paulo
Cunha preso é homem bomba para parlamentares e partidos
Na eminência de ter sua prisão decretada, Cunha escrevia loucamente o livro que pretende (ia) publicar ainda esse ano. Segundo o mesmo, mais de 100 página havia sido escritas, todas com embasamento em conversas mantidas com uma multidão de políticos e documentos que comprovam possíveis revelações. Fato é que se concretizado seu objetivo nem dá pra imaginar o que acontecerá aos políticos e partidos ao qual ele manteve contato e fez “negócios” durante tanto tempo.
Lembra-me muito um personagem do Zorra Total, programa de humor da Globo, quando decidia revelar verdades sobre as pessoas que dividiam o mesmo espaço que ele; não sobrava um!
Coluna Mônica Bergamo
O destaque do painel é a tentativa da PF, através de uma possível delação de Palocci, em ligar Lula à Odebrecht.
- Blog Noblat – O Globo
Se Eduardo Cunha falar tudo o que sabe, diz o blogueiro, o discurso do PT de que a Lava Jato investiga apenas seu partido, o governo Temer, e a maioria dos deputados ora financiados por Cunha, serão substancialmente comprometidos.
Mas é claro que Noblat não deixaria de amarrar seu texto dizendo que “aumentará a cobrança pela prisão de Lula”, visto ser ele o “maestro de tudo”.
- Blog Merval Pereira – O Globo
Segundo o jornalista, para se ter uma ideia do impacto que a prisão de Cunha teve, embora esperada, é que o presidente Temer voltou antecipadamente da Ásia e Renan Calheiros, que nem amigo dele era, preferiu nem comentar a decisão da PF.
Merval canta a mesma música das demais mídias conservadoras quando diz que a prisão põe definitivo fim no argumento petista sobre a parcialidade da Lava Jato.
A proximidade de Cunha com Temer, e uma possível delação premiada, pode sacudir ainda mais a política nacional.
- Blog Reinaldo Azevedo – Veja
Se o dramaturgo alemão Bertolt Brecht visse a imagem abaixo, por certo diria: “a cadela do fascismo está sempre no cio”.
BBC Brasil: Eleições EUA
Disputa pela Casa Branca tem afetado a saúde dos eleitores norte americanos
Vou destacar a chamada da matéria. Eu não escreveria melhor.
A atual disputa pela Casa Branca está fazendo tão mal à saúde dos americanos que levou a maior organização de psicólogos do país a lançar uma lista de sugestões para combater o estresse causado pela eleição.
Analistas consideram que a atual campanha, que opõe a democrata Hillary Clinton ao republicano Donald Trump, registra o maior nível de agressividade e pessimismo da história recente.
Percebem como isso ilustra a forma de fazer política na atualidade?
Há uma profunda crise de representatividade na política partidária e institucional.
Para sugestões, críticas, elogios ou um “oi”- redacaoestomago@gmail.com
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