Anarquia da PF gera ‘grampolândia’ sem controle

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na república das escutas, no Estado Policial instalado hoje no Brasil a Polícia Federal é livre para grampear quem quiser. Grampeia e divulga para a mídia sem compromisso algum com o sigilo necessário das investigações, sem a menor preocupação, também, com a estabilidade política do país.

O mais novo caso jogado no emaranhado infindável de escutas sobre os mais variados assuntos, envolve, segundo a Folha de São Paulo, telefonema entre o subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

Na conversa, Vale Rocha disse que “o setor portuário já havia conseguido ‘coisas demais’ no decreto presidencial que mudou a regulamentação do setor”.

Ainda segundo a Folha, “o presidente Michel Temer assinou o decreto no último dia 10, dois dias após a conversa interceptada”, e “a nova norma ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessões e arrendamentos assinados após o ano de 1993 e permitiu que eles possam ser prorrogados até o limite de 70 anos”.

Luis Edmundo: Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.
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