Ah, perdoem o título sensacionalista. Não resisti.
Tenho um amigo que se recusa a usar os apelidos inventados pela mídia, “mensalão”, “petrolão”, para se referir aos escândalos da política brasileira, porque estes vem carregado de uma semântica partidária, viciada. Concordo com ele. E acho sintoma da degeneração moral de nosso judiciário que seus representantes usem estes termos, como vimos no julgamento de Lula no TRF4.
Mas eu uso aqui com outro sentido. Para mim, o petrolão, na acepção da Lava Jato e da Globo, não existiu. Todos os depoimentos de delatores, mais a falta de qualquer acusação contra o corpo de engenheiros da Petrobras, mostram que as propinas pagas para alguns diretores da estatal vinham do lucro das empreiteiras. Não era dinheiro público. Não há prova de superfaturamento das obras, porque o seu custo era avalizado por engenheiros cuja competência e lisura nem a Lava Jato ousou questionar.
O verdadeiro petrolão foi criado pela própria Lava Jato. A grande corrupção está na venda de sentenças, na condução de um processo judicial absolutamente viciado e desonesto, na combinação de delações e, sobretudo, na estratégia de paralisar e destruir a indústria nacional de óleo e gás, com todas as suas milhares de ramificações e seus milhões de empregos, para beneficiar os interesses norte-americanos ou do grande capital internacional.
O Cafezinho vem mostrando aqui, reiteradamente, que as ações da Lava Jato, mais as decisões do governo golpista (que é filho da Lava Jato), paralisando a atividade de refino, fizeram as importações de derivados de petróleo explodirem. E mais de 80% dessas importações estão vindo agora de refinarias norte-americanas.
O treinamento que Sergio Moro recebeu nos Estados Unidos, financiado pelo próprio governo americano, realmente valeu a pena.
É neste sentido que eu acho que o jantar de Sergio Moro, o mercenário da Globo, o agente norte-americano, está sendo financiando pelo petrolão.