Pegamos os dados da última pesquisa CNT/MDA, realizada entre os dias 9 e 12 de maio, e calculamos o percentual dos votos válidos dos candidatos, num cenário sem o ex-presidente Lula, preso injustamente e que, provavelmente, será vetado da disputa pelo partido judicial.
Os votos válidos excluem os votos em branco, nulos, indecisos e abstenções. São os percentuais efetivos que emergem das urnas.
Os resultados mostram uma estabilidade de Bolsonaro na liderança, com 34%, oscilando um ponto para cima na comparação com a pesquisa anterior, de março de 2018 (apesar de ter caído de 20% para 18% na relação total dos votos, incluindo os nulos, brancos e indecisos). Os votos de Bolsonaro correspondem a 36 milhões de eleitores, considerando o número de votos válidos registrado em 2014, que foi de 105,5 milhões.
Marina Silva oscila um ponto para baixo, e estaciona em 21%, número que corresponde a 22 milhões de eleitores.
Ciro Gomes registra um avanço de 3 pontos na pesquisa, passando de 14% em março, para 17% em maio, um crescimento de 23%. Isso quer dizer que Ciro tem hoje 18 milhões de eleitores, 4 milhões a mais do que há três meses. Considerado todos os votos, e não apenas os válidos, Ciro tem apenas 9%, tendo oscilado 1 ponto para cima desde a última pesquisa.
O cenário ainda está bastante indefinido. Segundo um especialista entrevistado pela revista Exame, hoje, Bolsonaro e Marina perderão forças nas próximas semanas, em função de suas inconsistências programáticas e partidárias.