A virada é possível

Uma das primeiras coisas que aprendemos quando crianças é que mentir é feio. Não consigo imaginar qualquer pai ou mãe (a não ser sociopatas completos) que não eduque seu filho ou filha para dizer a verdade e corrija os primeiros sinais de mentiras que aparecem nas crianças (mesmo fofas).

Minha mãe mesmo, sempre me ensinou que mentira tem perna curta. Na minha cabeça, o “perna curta” significava que a mentira não consegue se sustentar, portanto, não consegue avançar para algum lugar e, em algum momento, é descoberta.

A verdade é que o país está por demais polarizado, pelo menos desde 2014, e qualquer disputa em âmbito federal seria bem equilibrada. Contudo, infelizmente, ao que tudo indica essa onda de mentiras espalhadas por uma rede profissional interferiu no resultado eleitoral desequilibrando esse jogo.

A onda de fake news é uma onda de mentiras e, se mamãe tiver certa, alguma hora essas mentiras terão que cair. Em algum momento na vida, quem acredita hoje que o Kit gay é o apocalipse, por exemplo, vai descobrir que ele é totalmente necessário se quisermos viver uma sociedade de liberdade plena, afinal, a homofobia é uma realidade que oprime milhões de pessoas.

Vale lembrar, ainda, que nos países onde a rede de Fake News aturam, como Estados Unidos e Grã-Bretanha, a extrema-direita teve a vitória eleitoral, contudo, atualmente, os campos conservadores enfrentam diversos problemas nesses países.

O Brexit está complicadíssimo de sair (Thereza May sofre derrotas consideráveis no parlamento inglês) e a ala socialista dos EUA começou, desde a eleição do Trump, a ganhar força e adeptos no país.

Se assim for, as pessoas de boa intenção que caíram nesse engodo conservador irão se sentir traídas e o diálogo passará a ser uma opção melhor.

Aí vem a esperança equilibrista:

A própria rede que viabilizou a enxurrada de mentiras em curtíssimo tempo, poderá ajudar a militância conseguir convencer algumas pessoas com a verdade, assim, mesmo com pouco tempo de campanha, há uma chance real de virada.

E, como bom atleticano, eu acredito!

[Como foi bom poder cantar isso em alto e bom som lá na Lapa ontem]

Tadeu Porto: Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil
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