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Análise da votação em Ciro Gomes no 1º turno de 2018

Uma avaliação objetiva da força dos candidatos a presidente da república deve olhar sobretudo para seu desempenho no 1º turno, quando os eleitores puderam votar de maneira propositiva, de olho nas propostas específicas de cada um, e não tanto como cálculo para evitar a vitória do candidato que rejeita. A força de Bolsonaro é incontestável. […]

37 comentários
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Uma avaliação objetiva da força dos candidatos a presidente da república deve olhar sobretudo para seu desempenho no 1º turno, quando os eleitores puderam votar de maneira propositiva, de olho nas propostas específicas de cada um, e não tanto como cálculo para evitar a vitória do candidato que rejeita.

A força de Bolsonaro é incontestável. O candidato quase venceu no primeiro turno, quando obteve 49 milhões de votos, 46% do total.

Haddad, herdeiro do lulismo, recebeu 31,3 milhões de votos, ou 29% do total.

Entretanto, o foco deste post é analisar o tamanho e a diversidade do eleitorado de Ciro Gomes, terceiro colocado, a partir de alguns segmentos geográficos e sócio-econômicos onde ele obteve resultados relevantes.

Os dados mais importantes, naturalmente, são os números do TSE, estratificados por município e estado. Mas também vamos olhar a pesquisa eleitoral mais recente, do Ibope, para termos uma noção da segmentação por renda, escolaridade e faixa etária.

Ciro obteve 13,3 milhões de votos no primeiro turno, ou 12% do total. Numericamente, é uma votação expressiva, sobretudo num ambiente tão polarizado como foi a eleição deste ano, onde candidatos com enorme tempo de tv, quantidade gigantesca de recursos financeiros, como Geraldo Alckmin, tiveram resultados pífios (menos de 5%).  Marina Silva, que participou recentemente de outras eleições presidenciais, quando obteve números bem mais encorpados, terminou o primeiro turno com apenas 1 milhão de votos, ou 1% do total.

Guilherme Boulos, do PSOL, obteve uma votação nacional muito ruim, com apenas 617 mil votos, ou 0,58% do total; a culpa, no entanto, volto a dizer, foi menos de Boulos do que do ambiente radicalmente polarizado entre petismo x antipetismo que caracterizou o pleito.

A votação de Ciro, nessas circunstâncias, foi razoável; mesmo assim, foi menos da metade do que os 31 milhões de votos de Haddad, e muito distante dos 49 milhões de votos de Bolsonaro.

Mas o Brasil é muito grande e diverso. Uma análise política consistente só faz sentido se se debruçar pacientemente sobre os números estratificados.

Vamos começar pelo lugar onde Ciro obteve o seu melhor desempenho, Sobral, sua cidade natal, onde o candidato obteve 60% dos votos válidos no primeiro turno, ou 66 mil votos, contra 21% de Jair Bolsonaro e 16% de Haddad.

Em Fortaleza, capital do Ceará, o candidato também ganhou com tranquilidade no primeiro turno, com 40% dos votos válidos, ou 546 mil votos, contra 34% de Bolsonaro e 19% de Haddad.

Uma curiosidade. Em Fortaleza, Cabo Daciolo, com 24 mil votos, ficou à frente de Geraldo Alckmin, que teve apenas 15 mil votos; Boulos teve 7,7 mil votos na cidade.

O desempenho de Ciro também foi muito relevante no Rio de Janeiro, capital, onde obteve 19,5% dos votos, correspondentes a 646 mil votos. Nada perto de Bolsonaro, fenômeno popular incontestável no Rio, que ficou com 58% dos votos cariocas no primeiro turno, mas bem à frente de Haddad, que pontuou 12% na cidade. Boulos ficou com 0,84% dos votos cariocas.

Lembrarei sempre o voto de Boulos que é para termos uma noção do tamanho do eleitorado de esquerda nas cidades e regiões que analisamos.

No estado do Rio, Ciro também ficou em segundo lugar, com 15,2% dos votos válidos, mas praticamente empatado com Haddad, que obteve 14,7%. Bolsonaro fechou o primeiro turno com quase 60% dos votos fluminenses.

De maneira geral, o pedetista obteve uma votação razoável em algumas capitais importantes. Em Belo Horizonte, por exemplo, Ciro também ultrapassou o candidato petista e terminou o primeiro turno com 17,4% dos votos, contra 14,5% de Haddad; Bolsonaro obteve 55% em BH; Boulos, 0,68%.

Em São Paulo, capital, Ciro ficou em terceiro lugar, com 15% dos votos, contra 19,7% de Haddad e 44% de Bolsonaro, mas bem à frente de candidatos muito conhecidos no município, como Alckmin, que obteve 8,8% dos votos paulistanos, e Boulos, com 1,21%.

Em Brasília, Bolsonaro venceu o primeiro turno com 58,4% dos votos, seguido de Ciro, com 17% e Haddad, com 12%.

Em Curitiba, mais uma vez Ciro passou a frente do PT, e obteve 12% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais deste ano, contra 9% de Haddad; Bolsonaro ficou com 62% em Curitiba; Boulos, com 0,57%. Alvaro Dias, muito conhecido na capital do Paraná, obteve apenas 4% dos votos.

Em Porto Alegre, capital que o PT já governou mais de uma vez, e onde sempre obteve votação relevante, desta vez teve que dividir o eleitorado de esquerda meio a meio com Ciro, o qual obteve 19,37% dos votos na cidade, contra 20% de Haddad; Bolsonaro abocanhou 45% do eleitorado portoalegrense; Boulos, 1,36%.

Na bela e serena Florianópolis, Ciro Gomes novamente superou o candidato petista, obtendo 16% dos votos, contra 13% de Haddad; Bolsonaro ficou com 53%. Boulos, 1,83%.

Voltemos ao nordeste.  Em Recife, Bolsonaro ganhou no primeiro turno, com 43% dos votos, seguido de Haddad, com 30%  e Ciro, com 17%; Boulos recebeu 0,82% dos votos recifenses.

Em Natal, Bolsonaro venceu o primeiro turno com 44% dos votos. Reparem que a direita entrou com força no nordeste a partir de capitais como Recife e Natal. Ciro ficou em segundo, com 23,6%, seguido de Haddad, com 22,8%; Boulos ficou com 0,7%.

A força do lulopetismo é muito concentrada no interior do nordeste, onde, em muitas cidades, Haddad pontuou mais de 70% no primeiro turno.

Mais uma curiosidade. No Maranhão, por exemplo, há uma pequena cidade chamada Nova Iorque (!), onde Haddad obteve 77% no primeiro turno.

Em Vitória, capital do Espírito Santo, Haddad e Ciro ficaram com 18% e 15% dos votos no primeiro turno, respectivamente, contra 53% de Bolsonaro e 0,58% de Boulos.

Vamos olhar algumas cidades médias.

Em Juiz de Fora, o resultado no primeiro turno para Bolsonaro, Haddad e Ciro ficou em 45%, 23% e 20%.

Em Nova Friburgo, Bolsonaro teve votação arrasadora no primeiro turno, 63%; Ciro ficou em segundo, com 16%; Haddad, 10%; Boulos, 1%.

Em Niteroi, Bolsonaro venceu com 53%, seguido de Ciro, com 21%, e Haddad, com 14%.

Agora vamos passar para uma análises sócio-econômica, com base nos números da pesquisa boca de urna do Ibope, realizada em 7 de outubro, dia da votação. O Ibope chegou bem perto dos números reais: Bolsonaro ficou com 45%, Haddad 28%, Ciro 14% dos votos válidos. Os números oficiais do TSE para esses candidatos, quando as urnas foram contabilizadas, conforme lembramos acima, ficaram em 46%, 29% e 12%.

Nas estratificações abaixo, os números não se referem a votos válidos, e sim a votos totais.

Na estratificação por faixa etária, o melhor desempenho de Ciro Gomes se deu entre jovens até 24 anos, onde ele obteve 21%, praticamente empatado com Haddad, que ficou com 23%; nessa mesma faixa, Bolsonaro pontuou 37%.

Na estratificação por renda, Ciro Gomes venceu o segundo lugar entre eleitores com renda familiar acima de 5 salários, com 17% dos votos, contra 12% de Haddad. Bolsonaro pontuou 55% dos votos válidos nessa faixa. Isso explica um clima de “virada” que se alastrou entre eleitores de Ciro nos últimos dias antes do primeiro turno: era um movimento majoritariamente de classe média.

Na faixa de renda logo abaixo, de 2 a 5 salários, Ciro também teve um bom desempenho, ficando com 14% dos votos, quase empatando com Haddad, que pontuou 16%.  Foi nessa faixa que Bolsonaro experimentou um crescimento expressivo às vésperas da votação, terminando com 52% dos votos totais.

Bolsonaro também se descolou de Haddad e avançou muito rapidamente nos últimos dias, antes do primeiro turno, entre eleitores com renda entre 1 e 2 salários, pontuando 42%, contra 26% de Haddad e 11% de Ciro.

A força de Haddad ficou muito concentrada no eleitorado com renda familiar até 1 salário, onde ele se distanciou no primeiro turno, com 44% dos votos, contra 26% de Bolsonaro e 10% de Ciro.

 

 

Na estratificação por escolaridade, o melhor desempenho de Ciro ficou entre os mais instruídos, com ensino superior, onde ele se descolou de Haddad e fechou em segundo lugar, com 21% dos votos totais. O petista ficou com 14% nesse segmento. Isso também explicaria o clima de “virada” às vésperas da votação. Nesta faixa, Bolsonaro ficou com 47%.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Michael Silva

30/03/2021 - 16h45

Considero o sr. Ciro Gomes um sujeito inteligente e muito preparado para assumir a presidência do Brasil. Penso que ele merece uma chance. Contudo, fiquei surpreso com a quantidade de votos recebidos no Ceará, seu estado (eleições 2018). Esperava que fosse ser prestigiado com uma votação mais expressiva, sem exagero, acima de 70%. Mas para encerrar, reitero, continuo defendendo a ideia de que ele merece uma chance na presidência.

Milton

29/11/2018 - 13h09

Pelos dados apresentados, podemos afirmar então que o perfil do eleitorado do Ciro é essencialmente de Classe Média (renda acima de 2 salários mínimos), morador das capitais e cidades médias, jovem e com ensino superior.

Faltou para ele capilaridade em cidades pequenas e entre eleitores de baixa renda e baixa escolaridade, e também entre os mais velhos. Acredito que o primeiro tenha sido por falta de alianças com outros partidos. Já o segundo pelo discurso dele, que ainda é muito técnico e acadêmico.

Ele tentou conquistar este eleitorado com a proposta de tirar o nome do SPC, mas não contava com a força do PT e o apelo de Bolsonaro nesta faixa. Ironicamente, é a parte da população que mais sofre com a deterioração da economia, que era o foco o discurso dele!

Emanuel Maciel

27/11/2018 - 11h26

Ciro conseguiu tirar votos do Bolsonaro e com isso permitir o segundo turno. Em 2022 ele tem tudo pra trazer a presidência novamente para centro-esquerda.

Ioiô de Iaiá

26/11/2018 - 20h32

Ciro não passa de 12%. É melhor voltar para a Europa e descansar.

claudio rodrigues

26/11/2018 - 14h25

esse blog está mais para “chá das 5” do que para cafezinho. todo santo dia uma baboseira querendo nos convencer de que um covarde é valente! ah vá!

Mané

26/11/2018 - 14h09

A vacilada ,dodói ,dengo , como queiram , do Ciro após o 1º turno ,mostra onde ele ( Ciro) ,se localiza no tabuleiro politico ; direita. Não há espaço mais ,para ele no campo progressista ,deu um tiro nos cornos ,ao tentar se tornar a única via após as eleições . será recebido de braços e pernas abertas no velório do psdb , ao lado do mestre de cerimônia ,e seu padrinho ,o Tasso. Lá será ovacionado , e visto como opção aos náufragos ,da pauliceia desvairada .

Alan Cepile

26/11/2018 - 12h10

A petezada pira! rsrsrsrs

Ioiô de Iaiá

26/11/2018 - 05h29

Fico no aguardo da próxima análise sobre o Ciro, com o título:
“A volta dos que não foram”.

Fernando

25/11/2018 - 20h55

Não foi com identitarismo que Lula chegou ao poder! Esquerda viada!

    Ioiô de Iaiá

    26/11/2018 - 05h27

    Esse aí é um bolsominion enrustido.

Fernando

25/11/2018 - 20h46

Haddad é um nada, um vácuo, um vazio, um zero à esquerda. Não fosse o carinho que o povo tem por Lula, esse poste não tirava 1% dos votos. Até um cabo de vassoura teria 30 milhões de votos só por causa do pedido de Lula.

Fernando

25/11/2018 - 20h42

A maior besteira que Ciro fez na vida foi ter aceitado ser ministro do Lula. Velho safado que sempre golpeou suas tentativas de ser presidente. Ciro hoje é taxado de “esquerdista” pelo sul/sudeste do país por ter feito parte do governo Lula. Não fosse essa participação, Ciro teria ganhando o jogo. Até Bolsonaro teria votado nele mais uma vez.

    Sebastião

    26/11/2018 - 01h36

    Como assim? Ciro foi ministro de Itamar, e foi candidato em 2002. Se fosse de se dar bem, já teria sido em 2002. Vocês vociferaram, contra o PT e Lula, mas na hora de pedir apoio, estavam mansos. Ciro era valente nos palcos, nas entrevista contra Bolsonaro. Mas quando chegava nos debates: MEU ESTIMADO AMIGO. Ah, fala sério! O eleitor não gosta desse falso compadrio.

Fernando

25/11/2018 - 20h33

A esquerda brasileira está perdendo o discurso. Ser de esquerda, na minha opinião, significa ser nacionalista e lutar pela causa dos mais pobres. O problema é que a esquerda atualmente tá perdidinha num discurso moral, identitário, fala mais da causa gay do que da regressividade do sistema tributário, fala mais do sovaco cabeludo da feminista do que da desnacionalização de setores estratégicos. A esquerda também exercita uma retórica pró-bandidagem, a expressão direitos humanos tá sendo confundida com proteção de bandido, a esquerda luta desesperadamente contra a redução da maioridade penal. Que se dane essa maioridade penal! Que baixem-na para 16! Danem-se os homicidas mirins! Danem-se! De que lado da discussão entre Bolsonaro e Maria do Rosário vocês acham que o povo ficará? A esquerda retrógrada tá oferecendo campo aberto para a vitória daqueles que não tem compromisso com a nação nem solidariedade com os mais pobres. Ciro mostrou seu projeto nacionalista através da ideia de um projeto nacional de desenvolvimento, ideia central de Ciro desde sempre, lembro dele falando sobre isso desde meados da década de 90. Solidariedade com a causa dos mais pobres? Ciro propôs a correção deste estúpido sistema tributário brasileiro, é nele que reside o grande conflito distributivo no Brasil. Enfim, são pautas concretas que efetivamente mudam a vida da nação. Alias, pautas com forte capacidade de trazer o povo para o nosso lado. O resto é conversa mole. Não, petistas, não venham dizer que vocês defendem isso, vocês ficaram uma década e meia no poder e não mudaram nada, só promoveram o consumismo populista enquanto a maré estava boa. A desindustrialização continuou no governo de vocês, o sistema bancário concentrou-se! Enfim, vocês não têm projeto de país, só têm projeto de poder!

    Sebastião

    26/11/2018 - 01h43

    Pelo seu linguajar, você deve ser eleitor de Bolsonaro. Aí, vem querer confundir as coisas. Como o sistema de mensagem daqui, não usa o Facebook, difícil ver a veracidade de quem comenta. Linguajar chulo: SOVACO CABELUDO… O discurso da esquerda poderia de fato, mudar. Mas, tem que ver por exemplo, se redução da maioridade em outros países, surtiram efeitos. E direito humanos, sim, virou dircurso de que defendem bandidos. Só que, alimentado sobretudo, pela direita. Havia pressentido, que o resultado da eleição se daria, por esse dircurso. Semelhante a eleição: Crivela X Freixo.

    Ultra Mario

    26/11/2018 - 02h26

    Quando que a esquerda vai poder falar dos gays? Quando finalmente conseguirem criminalizar a homosexualidade? Quando legalizarem o assassinato de minorias?

    Ah, já sei, quando não tiver mais volta de uma teocracia evangélica. Aí sim teremos o “””direito””” de ter pautas identitárias.

    Bem vindos a nova “””social democracia””” encarnada por Ciro Gomes e seus minions. Qualquer semelhança com o Partido Social Democrata Brasileiro é mera coincidência.

      Apolônio

      28/11/2018 - 18h09

      No Brasil, acontecem 60 mil assassinatos por ano; desses, só 300 são de LGBTs. Ou seja, não só não existe nenhum risco de genocídio de homossexuais, como os números comprovam que o Brasil é um país notavelmente seguro para eles.

      O que existe, isso sim, é uma espécie de Partido Gay escondido dentro da esquerda, sempre buscando obter vantagens próprias à custa dela. Esse PG luta contra a igreja, especialmente a evangélica, porque esta busca dissuadir oas LGBTs do seu comportamento, enquanto que o PG quer aumentar continuamente os seus quadros.

      Ora, essa briga não é da esquerda. A esquerda a comprou por coerção dos ativistas do PG infiltrados nela, mas desde então o fato de militar nessa briga espúria só rendeu derrotas à esquerda. Esta última, a mais sintomática: Haddad teve de desperdiçar uma quantidade enorme de energia tentando se desvincular do tal Kit Gay, sem resultado. Jamais conseguiu reaver os votos que havia perdido por causa dessa associação.

      A esquerda tem de rever o seu posicionamento na questão LGBTs, reformulando-a como uma questão de se proteger os direitos humanos e trabalhistas de uma classe vulnerável. Se continuar nessa história de “somos a resistência e queremos destruir a família e a igreja”, a direita vai nadar de braçada por décadas.

Miramar

25/11/2018 - 20h24

É impressão minha ou algumas pessoas estão sugerindo que o blog pare de fazer análises sobre o Ciro por razões econômicas ?

Sebastião

25/11/2018 - 19h01

Miguel, você tem preferência por Ciro, e as notícias sempre falando dos Ferreira Gomes, confirmam isso. A questão, que o blog é de temática esquerda, e que o blog precisa de ajuda, mas aí, insistir só em Ciro, cria aversão a outros que não são seguidores de Ciro.

Tamosai

25/11/2018 - 18h20

Ciro teve uma campanha bem mais longa que Haddad. Teve também mais complacência da mídia hegemônica. Não teve o peso de anos de demonização sofrida pelo PT. Mesmo assim, ficou só com 12%. Seu comportamento depois do primeiro turno foi no mínimo duvidoso. O que esperar do Ciro? Com toda boa vontade, eu acho faltou capacidade de diálogo por parte dele e acho que ele é do tipo “one man show”. Infelizmente não agrega.

    Fernando

    25/11/2018 - 19h53

    Sim, faltou capacidade de diálogo. Ciro não conversou, por exemplo, com Renan Calheiros, o limpo. Também não contemporizou com Eunício, o anjo.

      Tamosai

      26/11/2018 - 05h27

      O Ciro 12% teve diálogo bom com o Bozo, e até o elogiou. Preciso reconsiderar o que disse anteriormente.

        Alan Cepile

        27/11/2018 - 09h42

        Convenhamos que há um universo de diferença entre conviver, por 14 anos, com figuras absolutamente nefastas da política nacional e um simples boa sorte para um presidente eleito.
        Querer comparar as duas coisas, pra bom entendedor, já é um claro mea culpa.

Thiago Melo Teixeira

25/11/2018 - 18h04

Após a milésima tentativa de tentar continuar seguindo o CAFEZINHO, desisti. Sucesso ao blog, no qual a anos, formou a minha posição politica.

Miramar

25/11/2018 - 17h50

Este é o único blog alternativo que respeita o eleitor do Ciro Gomes.
Sempre é necessário lembrar que não é preciso ser petista para ser progressista, nem ser progressista para ser democrata.

Nilson Messias

25/11/2018 - 16h04

De novo a mesma ladainha, o ouro dos Gomes, deve está dando sustentação ao blog de merda, segundo o linguajar do jagunço.

    Miguel do Rosário

    25/11/2018 - 17h58

    Esse peteminion aí está vomitando seu rancor aqui no blog desde abril. Eu que pergunto: é de graça?

Gustavo Cintra

25/11/2018 - 13h37

Qual a conclusão da análise?? Isso não é análise, é uma coletânea de comentários dispersos?? Insisto, qual a conclusão do analista?? Que o Ciro Gomes era o candidato a ser apoiado pela “esquerda”, ou que Ciro tinha obrigação política de apoiar e exortar o voto em Haddad?? Análise sem indicar uma “conclusão” não serve a nada. A conclusão geral é a seguinte a candidatura e a liderança Ciro Gomes serviu ativamente de quinta coluna pró Bolsonaro, e o seu quinta colunismo segue em marcha pós eleição, basta observar suas manifestações recentes e de seu procurador, Cid Gomes!! Ciro balia agressivamente contra Bolsonaro, mais atacava e ataca efetivamente o PT.

    Sebastião

    25/11/2018 - 19h07

    Ciro até fazia o jogo de compadres com Bolsonaro. Nos bastidores e comícios, vociferava contra Bolsonaro, mas nos debates, era uma seda. Mas com Haddad era ácido, e tem uma mania de chamar de AMIGO, que soa falso. E se Ciro fosse bom assim, quanto parece, deveria ter tido ao menos, mais votos que Haddad. E o melhor, a cereja do bolo e o mais gostoso, foi que HADDAD VENCEU EM TOCANTINS E NO CEARÁ. Que era Kátia Abreu e Cid Gomes, que atacaram o PT, a ponto de Bolsonaro usar isso no horário eleitoral, destaque na mídia e nas redes sociais, mas que o PT sozinho, deu votos a Haddad sem depender de Cid, Kátia e Ciro. Isso pra esse três, foi uma vitória pra Haddad, e uma derrota para os três.

NeoTupi

25/11/2018 - 13h35

Não consigo ver essa análise muito positiva para Ciro, se objetivo for olhar o futuro e não ser apenas saudosista. Os resultados seriam excelentes se Ciro fosse mais novo e estivesse disputando sua primeira eleição presidencial.
Se Bolsonaro teve 34% dos votos em Fortaleza, contra 40% do Ciro, é para Ciro se perguntar onde foi que errou (eu acho que foi falta de pontaria em seus ataques).
E, sinceramente, acho que Ciro deveria fazer uma auto-crítica e se reposicionar. Pode e deve continuar como liderança referencial importante, mas se eu fosse ele investiria em Cid como candidato para 2022. Não é que eu votaria em Cid no primeiro turno como não votei em Ciro, mas acho que Ciro é de uma geração de políticos que está desgastada e ficou com visão desatualizada em estratégia política. Ainda é mais ligado à intermediação da imprensa tradicional do que à comunicação direta com o povo nas redes sociais (ressalto que não é só Ciro que está ultrapassado neste quesito no campo da esquerda. Muita gente do PT e PCdoB e mesmo movimentos sociais de esquerda também estão).
Outro exemplo de erro de estratégia: Ciro culpa sua derrota ao perder o tempo de TV do PSB. Ora, Bozo teve muito menos tempo de TV do que Ciro e venceu. Alckmin teve um latifúndio na TV e perdeu feio. Bozo ganhou praticamente sem apoiar explicitamente quase nenhum candidato a governador. Recebeu apoio de muitos, mas não devolveu na mesma moeda e acabou recebendo votos até de partidos adversários. Tanto é que em Fortaleza Bozo ciscou votos de quem votou no PT e no PSol para governador (a soma dos votos para governador do PT+Psol é maior do que a soma dos votos de Ciro+Haddad+Boulos, e a soma dos votos dos dois candidatos a governador de direita é menor do que a votação de Bozo).
E se o PSB tivesse apoiado Ciro, Haddad teria mais votos no primeiro turno em Pernambuco, Paraíba e Sergipe. O PT muito provavelmente faria pelo menos mais um senador na Paraíba, pelo menos mais um governador em Pernambuco e elegeria mais alguns deputados no Nordeste, enquanto o PSB perderia cadeiras. Não creio que isso teria ajudado Ciro, até porque muita gente do PSB no Nordeste iria cristianizar para ser eleito.
Cid, se parar de ser omisso como oposição, se for mais produtivo e descolar da imagem de “vossa excelência” que estigmatiza senadores, conseguiria os 12% que Ciro teve e teria mais potencial para conseguir mais votos entre quem não votou em Ciro. Tem mais imagem de renovação.

Jovazio

25/11/2018 - 10h05

Isto é uma analise de verdade!
Será que os petistas anti-ciro com nada na cabeça pararão para ler e pensar sobre isso?

Da pra entender o motivo que Ciro esta tentando se descolar do PT agora.
Ganhar votos que o bolso vai perder por ser um politico ruim.

O petistas mais fervorosos não conseguem olhar os números e pensarem. Ter clareza. E perceberem que o barco do PT não volta tão cedo. Embora seja muito relevante.

Ciro esta certo em se descolar do PT. O ranço deve ficar apenas com eles mesmos. E petistas tem que aprender que o deles passou

Alberto Jorge

25/11/2018 - 04h56

Bom dia

Ciro, Ciro, Ciro e Ciro…

Ciromuito!

Candidato de si mesmo! Sem estrutura partidária. Ficou com mimimi quanto a estratégia eleitoral do PT e ainda por cima adotou um discurso dúbio quanto as injustiças jurídicas a que Lula é submetido!

Nunca foi ao segundo turno das eleições Presidenciais e ainda queria culpar Lula e o PT!

Seus seguidores ainda queriam que Haddad desistisse da disputa mesmo após chegar ao segundo turno. Lamentável!

Em plena campanha eleitoral as vésperas do segundo turno seu irmão brigou num ato onde estavam presentes vários petistas e apoiadores da candidatura de Haddad.

O desempenho eleitoral do Ciro Gomes foi pífio!

Em momento algum as pesquisas indicavam que seria possível sua ida ao segundo turno.

Sinto muito! Mas foi o Povo Brasileiro que o deixou na terceira posição.

Depois pra fechar com chave de ouro foi descansar num tour pela Europa em pleno segundo turno!

Aliança Nacional Libertadora

24/11/2018 - 22h35

Entre os mais instruídos……foi mais descolado…..só perdeu pro Bozo…..boa análise…

    Marcelo

    25/11/2018 - 07h44

    Se perdeu para o Bozo entre os mais instruídos, só demonstra que esses eleitores não são tão instruídos assim.

    Mas o engraçado mesmo é viuvez do Miguel do Rosário por Ciro Parisiense.
    Ciro participou de todas as sabatinas, debates, palestras com empresários, estudantes etc. Ou seja, fez seu recado chegar a todo o Brasil por mais de seus meses, contando o período que todo mundo sabia que ele ia sim ser candidato. E mesmo assim, saiu praticamente com o mesmo percentual das eleições anteriores em que foi candidato a presidente. Ciro bipolar não convence.

      marco

      25/11/2018 - 13h22

      No pt o único que convence esta preso, sem provas é verdade , porém sem Ele o que resta é só cavalo paraguaio.
      Quando essa ficha fai cair.

        Marcelo

        26/11/2018 - 00h39

        Marco, acontece que Haddad tem potencial para crescer. Se não houvesse uma caçada contra o PT, nem investimento empresarial, evangélico, americano, Haddad teria vencido sim, as eleições. Já Ciro Parisiense é inconfiável. E agora ele deu pra dizer que Bozo não representa um risco à democracia, mas nas eleições chamava Bozo de nazista. Ciro é candidato de si mesmo, não tem compromisso ideológico com nada, a não ser se tornar presidente. Mas se depender de mim, não será. Faço até campanha contra. Falso, falastrão, bipolar, pretensioso e arrogante. Essas são as “qualidades” de Ciro, que pode mudar de partido a qualquer momento!

      marco

      25/11/2018 - 13h24

      No pt o único que convence esta preso, sem provas é verdade , porém sem Ele o que resta é só cavalo paraguaio.
      Quando essa ficha vai cair?


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