Juiz de DF torna réu Lula, Palocci e Paulo Bernardo

Crédito: Metrópole

A denúncia é baseada em delação de Marcelo Odebrecht.

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Trecho de matéria no Estadão:

Lula, Palocci e Paulo Bernardo no banco dos réus por propina da Odebrecht

Juiz Vallisney de Oliveira acolhe denúncia da Procuradoria contra ex-presidente e seus ex-ministros por supostamente terem acertado o recebimento, em 2010, de R$ 64 milhões da empreiteira

Pepita Ortega e Fausto Macedo

06 de junho de 2019 | 16h29

O juiz Vallisney de Oliveira da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, aceitou nesta quarta, 5, denúncia por corrupção apresentada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Marcelo Odebrecht e os ex-ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo.

A investigação também atinge a deputada federal Gleisi Hoffman (PT). Por ter foro privilegiado, ela foi denunciada pela procuradora-geral, Raquel Dodge, por lavagem de dinheiro e corrupção, no valor de R$ 5 milhões, referentes a repasses da empreiteira em 2014. A petista responde pela denúncia perante ao Supremo Tribunal Federal. Para Lula, Palocci, Paulo Bernardo e os delatores, a ação penal corre na Justiça Federal.

Lula e Palocci são acusados de terem acertado o recebimento de R$ 64 milhões em troca do aumento do limite da linha de crédito para exportação de bens e serviços entre Brasil e Angola, em benefício da Construtora Odebrecht. Segundo os autos, a autorização pelo Governo Brasileiro teria sido de US$ 1 bi.

O inquérito tem como base a delação do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo.

“No caso específico dessa negociação, em 2009, início de 2010, até porque eu acho que estava se aproximando da eleição, veio o pedido solicitado para mim por Paulo Bernardo, na época, que veio por indicação do presidente Lula, para que a gente desse uma contribuição de US$ 40 milhões e eles estariam fazendo a aprovação da linha de US$ 1 bilhão para exportação de bens e serviços”, declarou Odebrecht, em depoimento.

“Em 2009, 2010, teve uma negociação de uma linha de crédito envolvendo Angola que se dava entre os dois país”, explicou Odebrecht.

O delator revelou que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda, governo Lula, e Casa Civil, governo Dilma Rousseff) era o principal interlocutor das propinas acertadas pela Odebrecht com o PT.

“Todos pagamentos eram autorizados por Palocci.”

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