Lava Jato mira em Andre Esteves e Graça Foster

Foto: Raquel Cunha/Folhapress

A Lava Jato de Curitiba, sob ordens da juíza Gabriela Hardt, fez hoje mais uma investida contra diversos alvos ligados direta ou indiretamente ao PT. É a segunda operação da LJ em apenas uma semana. No início da semana, a Força-Tarefa lançou a 63ª fase, que também mirava no PT e tinha como um dos alvos o ex-ministro da Fazenda nos governos Lula/Dilma, Guido Mantega.

A operação de hoje é 64ª da Lava Jato, e consiste em mais um desdobramento de delações do ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci, à Polícia Federal.

É também uma iniciativa facilmente vinculável ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como forma de oferecer contra-narrativa às denúncias de que teria sido um magistrado parcial na condução do processo que levou à condenação do ex-presidente Lula.

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As informações são do blog do Fausto, Estadão:

Lava Jato 64 chega ao pré-sal e mira rombo de R$ 6 bi, Graça Foster e André Esteves

Na nova fase da operação deflagrada nesta sexta, 23, Polícia Federal faz buscas em 12 endereços de investigados, entre eles a ex-presidente da Petrobrás e o executivo do Banco BTG Pactual, a partir da delação do ex-homem forte dos governos Lula e Dilma o ex-ministro Antônio Palocci

Pepita Ortega e Fausto Macedo

23 de agosto de 2019 | 08h22

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta, 23, a 64ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pentiti, para apurar supostos crimes de corrupção envolvendo o Banco BTG Pactual e a Petrobrás na exploração do pré-sal e ‘em projeto de desinvestimento de ativos’ na África. Entre os alvos da operação estão a ex-presidente da estatal, Graça Foster e o executivo do banco, André Esteves.

De acordo com a corporação, os supostos crimes podem ter causado prejuízo de ao menos US$ 1,5 bilhão, o que equivaleria a cerca de R$ 6 bilhões de reais hoje.

Cerca de 80 policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo (3) e do Rio de Janeiro (9), entre eles a sede do Banco BTG na capital fluminense. A operação não cumpre ordens de prisão.

As medidas foram autorizadas pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª. Vara Federal de Curitiba, no Paraná.

A operação apura crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais relacionadas a recursos contabilizados na planilha ‘Programa Especial Italiano’ gerida pela Odebrecht. A PF visa os identificar beneficiários da lista e apurar como se davam as entregas de valores ilícitos a autoridades.

Segundo a PF, a investigação trata de fatos de diferentes inquéritos policiais e foi impulsionada pelo acordo de colaboração premiada do ex-ministro Antônio Palocci.

Trata-se da segunda operação da força-tarefa nesta semana. Na quarta, 21, a Polícia Federal deflagrou a Carbonara Chimica, fase 63 da Lava Jato, para investigar a suspeita de pagamento de propina a doisex-ministros dos governos Lula e Dilma por parte da Odebrecht. A operação também envolveu a planilha ‘Programa Especial Italiano’, na qual Palocci era tratado como ‘Italiano’ e Guido Mantega como ‘Pós-Itália’.

O nome da operação realizada nesta sexta, Pentiti, significa ‘arrependidos’, segundo a PF, e faria referência ‘a termo empregado na Itália para designar pessoas que integraram organizações criminosas e, após suas prisões, decidiram se arrepender e colaborar com as autoridades para o avanço das investigações’.

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Redação:
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