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Investimentos do setor siderúrgico ainda estão nos menores níveis da história

No site do Instituto Aço Brasil, está disponível o Anuário Estatístico 2019, com todos os dados sobre a indústria brasileira do aço, e alguma coisa também da indústria mundial. Para baixar, clique aqui. Eu separei alguns gráficos e tabelas. Em seguida, o texto publicado hoje na Agência Brasil sobre as estimativas divulgadas hoje pelo Instituto […]

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No site do Instituto Aço Brasil, está disponível o Anuário Estatístico 2019, com todos os dados sobre a indústria brasileira do aço, e alguma coisa também da indústria mundial. Para baixar, clique aqui.

Eu separei alguns gráficos e tabelas. Em seguida, o texto publicado hoje na Agência Brasil sobre as estimativas divulgadas hoje pelo Instituto para o mercado brasileiro de aço deste ano e para o ano que vem.

Alguns números chamam a atenção. Por exemplo, o consumo per capita de aço bruto no Brasil, de 111,7 kg por habitante, é quase 10 vezes menor que o da Coréia do Sul, de 1.090,8 por habitante.

O volume de investimentos do setor siderúrgico brasileiro, por sua vez, encerrou o ano de 2018 nos menores níveis da história.

 

***

Aço: exportações devem ficar 6,7% abaixo do registrado em 2018
Projeção do Instituto Aço Brasil também prevê queda de vendas internas

Publicado em 05/12/2019 – 13:10

Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil São Paulo

Agência Brasil — A indústria nacional de aço deve fechar o ano com uma queda de 6,7% no volume de exportação (13 milhões de toneladas) e aumento de 2,1% nas importações (2,5 milhões de toneladas). A estimativa foi apresentada hoje (5) pelo Instituto Aço Brasil que indica, ainda, que as vendas internas também tendem a um resultado inferior ao de 2018 em 18,5 milhões de toneladas.

Em relação ao consumo aparente, que considera vendas de empresas locais e importações, espera-se um total de 20,7 milhões de toneladas comercializados, o que significa uma queda de 2,4% em relação ao volume registrado no ano passado.

O presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes, explicou que o ano teve um início desfavorável para o setor. “O primeiro semestre foi muito ruim. Diria que a economia frustrou as expectativas dos que tinham a esperança de uma retomada mais vigorosa”, disse, lembrando do crime ambiental de Brumadinho (MG) como um dos impactos negativos.

Nos próximos cinco anos, a expectativa do Aço Brasil é que companhias do segmento invistam US$ 9 bilhões nos próximos cinco anos.

Outro desafio do setor é em relação a utilização da capacidade instalada da indústria brasileira de aço, atualmente subutilizada, em torno de 64% do total disponível. Para Lopes, o ideal seria a ultilização de, no mínimo, 85% da capacidade instalada. Para atingir essa condição, a produção teria que alcançar as 9,5 milhões de toneladas e seria capaz de gerar 203.863 vagas de empregos diretos e indiretos.

Segundo o presidente executivo do instituto, o otimismo em relação ao futuro está associado a desdobramentos do contexto sociopolítico do país. Lopes citou a recuperação da construção civil e da infraestrutura como fatores capazes de promover uma melhora no desempenho do segmento. Outra aposta está na ampliação da participação da indústria no setor de óleo e gás e energia renovável.

Estados Unidos

Perguntado sobre a sinalização do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar o aço brasileiro, Marco Polo de Mello Lopes disse que os contratos já firmados com clientes norte-americanos estão sendo cumpridos, mas novas negociações estão suspensas devido ao clima de “insegurança”.

“Todos nós que estamos acompanhando de perto fomos surpreendidos, porque o arrazoado posicionamento do presidente Trump é desprovido de qualquer sentido técnico. A afirmativa de que o Brasil manipula seu câmbio é desprovida de qualquer sentido. Não tem pé nem cabeça falar que o agricultor americano é prejudicado. Agricultura não tem nada a ver com aço”, declarou, assinalando que, para ele, o mercado de aço tem convivido com “práticas predatórias”.

Na avaliação de Lopes, as autoridades brasileiras responderam adequadamente à questão, já que a medida ainda não foi realmente implementada nem anunciada oficialmente. Trump disse, em sua conta no Twitter, que o Brasil e a Argentina estão promovendo uma desvalorização das moedas locais e supervalorização do dólar prejudicando produtores americanos. Por isto, o presidente norte-americano informou que planeja restaurar as tarifas sobre aço e alumínio comprados desses países.

Edição: Carolina Gonçalves

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Comentários

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Alan C

06/12/2019 - 07h29

Duas considerações:

1ª) Ultimamente há coisas que só acontecem no Brasil. No gráfico “Balança do Comércio Exterior de Produtos Siderúrgicos” enquanto o mundo sofria uma crise entre 2011/2013 o Brasil cresceu, após esse período o mundo cresceu e o Brasil caiu… É mais uma prova que a corrupção do PT, a instabilidade política, o “quanto pior, melhor” do Aécio, o golpe de 2014, a Farsa Jato e esse picadeiro da incompetência que é a bozolândia, que não tem a mínima noção de coisa alguma, desorientaram este país em todos os sentidos.

2ª) Nos anos 80 o Brasil estava muito a frente de China e Índia em quase todos os segmentos. O consumo interno de aço reflete boa parte do desenvolvimento de um país, neste sentido hoje a China consome 840 milhões de toneladas/ano para seu desenvolvimento, a Índia 108 milhões e o Brasil ridículos 24 milhões.

Paulo

05/12/2019 - 16h39

A década perdida…


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