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Ipea divulga estudo sobre renda e mercado de trabalho

Um novo estudo do Ipea traz dados atualizados sobre o emprego e a renda dos brasileiros que serão muito úteis para subsidiar nossos debates. Eu separei alguns gráficos. Uma lembrança que acho sempre importante: quanto menor o índice Gini, melhor a distribuição de renda, e vice-versa. Índice Gini elevado é sinal de país altamente desigual, […]

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Um novo estudo do Ipea traz dados atualizados sobre o emprego e a renda dos brasileiros que serão muito úteis para subsidiar nossos debates.

Eu separei alguns gráficos.

Uma lembrança que acho sempre importante: quanto menor o índice Gini, melhor a distribuição de renda, e vice-versa. Índice Gini elevado é sinal de país altamente desigual, e a mesma coisa vale para o Gini aplicado ao mercado de trabalho, como faz o Ipea nesse estudo.

 

No Ipea

12/12/2019 09:52

Renda da classe média cresce na comparação com 2018

Indicadores mostram uma melhora qualitativa no mercado de trabalho

Estudo sobre mercado de trabalho divulgado nesta quinta, 12, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destaca um cenário mais favorável, principalmente em relação à subocupação e ao desalento, com melhoria dos indicadores. A análise tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD) do IBGE e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

No que diz respeito à subocupação, a participação do grupo de ocupados que trabalham menos de 40 horas semanais, mas que estão disponíveis e/ou gostariam de trabalhar mais, recuou em relação ao total da ocupação. Com essa melhora, a taxa combinada de desocupação e subocupação ficou em 18,2% no período de agosto a outubro (3º trimestre móvel), 0,2 p.p. abaixo da registrada no mesmo trimestre de 2018.

No mesmo período, na comparação interanual, o contingente de desalentados apresentou a segunda queda consecutiva ao recuar 1,6%. Em relação ao tempo de procura por emprego, o total de desocupados de longo prazo no país também vem recuando.

Uma boa notícia é o crescimento de 1,7% da renda domiciliar da faixa intermediária, que recebe entre R$ 2.461,02 a 4.110,60, na comparação interanual. Em 2017 e 2018 foi justamente essa faixa que mostrou a pior evolução da renda.

Em termos regionais, na comparação com o mesmo período de 2018, o trimestre teve expansão da renda média real no Sudeste (0,1%) e no Sul (2,1%). Em contrapartida, a Região Centro-Oeste registrou queda de 2,6%. O corte por gênero revela que os rendimentos recebidos pelas mulheres tiveram variação positiva (1%), contra uma queda de 0,3% nos homens.

Com relação à idade, os piores resultados nos rendimentos reais médios continuaram com os trabalhadores mais velhos (-6,6%). Com relação à escolaridade, todos os grupos apresentaram quedas nos rendimentos, sendo a maior delas entre trabalhadores com ensino fundamental incompleto (-2,2%). Em relação à idade, destaca-se o melhor resultado (1,6%) dos rendimentos dos ocupados entre 25 e 39 anos.

Na análise por vínculo de ocupação, o setor privado com carteira assinada apresentou queda real de rendimentos (-0,5%) no trimestre móvel encerrado em outubro, na comparação interanual – com exclusão dos empregadores. O destaque positivo ficou por conta dos trabalhadores por conta-própria, cujos rendimentos subiram 2,2% no período, com reversão da queda nos meses anteriores.

De acordo com o estudo, o crescimento dos trabalhadores por conta própria, que em um primeiro momento se creditava à piora do emprego no país, pode estar indicando uma mudança estrutural das relações de trabalho, em grande parte devido á consolidação da “economia de aplicativos”– no gênero Uber, IFood e outros – que tem aberto novas possibilidades de geração de renda.

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Alan C

12/12/2019 - 17h28

Matéria recheada de mentiras e de lixo ideológico pseudo liberal do posto Ipiranga.

O quadro 2 mostra que quem tinha renda classificada como “muito baixa” em 2014 continua com a renda muito baixa em 2019 (29,6%).

Os “sem renda de trabalho” aumentaram de 2014 (19,2%) pra 2019 (22,2%).

O gráfico 30 é simplesmente uma catástrofe. A curva do aumento da desigualdade na renda de 2013 a 2019 é absurda e se acentua a partir de 2016 onde houve um certo acontecimento que todos sabem…

O gráfico 29 confirma a desigualdade do gráfico 30.

O gráfico “Renda média anual por faixa de renda” mostra de novo que a faixa de renda classificada como “muito baixa” vem ficando cada vez pior no atual governo, com médias piores até que o governo do #ForaTemer.

O gráfico 28 mostra que os trabalhadores sem carteira assinada (aquilo que o governo tanto queria com a “reforma” trabalhista) tiveram uma piora de vida com o aumento da desigualdade.
Reparem que no mesmo gráfico os trabalhadores COM carteira assinada tiveram, inclusive, uma melhora nas condições. O gráfico 27 confirma isso.

Aí pra disfarçar e continuar enganando os trouxas dos bolsominions, o governo, covardemente escondido sob o nome de Ipea, publica matéria com título “Renda da classe média cresce na comparação com 2018”.

São apenas ratos a serviço do patrão…


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