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Dia de Luta: Empregados da Caixa fazem mobilização virtual contra privatização do banco

Nesta quinta-feira (23), declarações do presidente da empresa reforçam planos do governo de vender cinco áreas estratégicas da estatal e até “o banco em si”. Ação de hoje contra a entrega deste patrimônio público ao setor privado é apoiada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) Em todo o país, […]

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Nesta quinta-feira (23), declarações do presidente da empresa reforçam planos do governo de vender cinco áreas estratégicas da estatal e até “o banco em si”. Ação de hoje contra a entrega deste patrimônio público ao setor privado é apoiada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae)

Em todo o país, os empregados da Caixa Econômica Federal participam, nesta quinta-feira (23), de mobilização virtual contra a privatização do banco e o desrespeito da instituição aos trabalhadores durante a pandemia do coronavírus. Com a hashtag “#MexeuComACaixaMexeuComOBrasil”, a ação nas redes sociais tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a importância do banco público aos brasileiros e também sobre os reais interesses do governo em privatizar a empresa.

“Estes interesses não são para melhorar a vida da população”, alerta o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sérgio Takemoto. “Queremos mostrar para as pessoas a importância de se manter a Caixa 100% pública para a continuidade dos programas sociais, que são indispensáveis principalmente para a população mais pobre”, reforça.

Conforme observa Takemoto, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, têm reiterado a meta do governo de vender setores estratégicos do banco. “Não vamos nos deixar enganar: a privatização da Caixa já está começando”, ressalta o presidente da Fenae.

Notícias publicadas hoje pela imprensa trazem declarações de Pedro Guimarães sobre os planos de abertura do capital da Caixa Seguridade, das áreas de Cartões e de Gestão de Ativos como também das loterias, além da plataforma digital criada para o pagamento do Auxílio Emergencial e que poderá ser a mais nova subsidiária para ser colocada à venda. “O banco em si pode enfrentar esse processo de abertura de capital caso o modelo funcione bem com as subsidiárias”, admite Guimarães.

PAPEL SOCIAL ESTRATÉGICO — Takemoto lembra as solicitações feitas pela Fenae e por outras entidades do movimento sindical para que o pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 600 não ficasse centralizado na Caixa. A descentralização teria evitado as filas e aglomerações nas agências, que colocaram os bancários e a população em alto risco de contaminação pela covid-19.

“Mas, nenhum banco privado participou [do pagamento do auxílio]. Qual é o interesse deles em atender aos pobres?”, destaca o presidente da Fenae. “É a Caixa, enquanto banco público, que socorre a população e o país em tempos de crise, mantendo os programas sociais, emprestando dinheiro para as micro e pequenas empresas, fazendo a roda da economia voltar a girar. Se virar privado, acaba o papel social do banco. O interesse será apenas o lucro”, completa Sérgio Takemoto.

RISCOS — Para o diretor da Fenae e coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis, a mobilização “#MexeuComACaixaMexeuComOBrasil” ganha ainda mais importância nesta semana. Por decisão da direção do banco, a prorrogação do home office deixou de ser automática e o retorno dos empregados ao trabalho presencial, em plena pandemia, está, desde a última quinta-feira (17), a cargo das chefias das áreas, sem qualquer diretriz nacional.

“A responsabilização será civil e criminal, pois o retorno ao trabalho presencial representa uma ameaça à vida das pessoas”, afirma Reis. “Tudo indica que, mais uma vez, a direção da Caixa irá lavar as mãos caso ocorra alguma fatalidade”, alerta o diretor da Fenae.

De acordo com o documento enviado (no último dia 16) pela direção da Caixa aos gestores da instituição, a continuidade ou não do chamado “Projeto Remoto Excepcional” deverá observar “as orientações de Saúde e Segurança do Ministério da Saúde”. No entanto, Dionísio Reis observa que não há qualquer diretriz das vice-presidências do banco sobre o assunto.

“A responsabilidade sobre as perdas de vidas, as contaminações e os problemas com os decretos municipais e estaduais vão cair nas costas dos gestores”, alerta. “Os empregados continuam na incerteza e a Caixa está ‘lavando as mãos’”, reforça o diretor da Fenae.

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