Alta no preço do ouro impulsiona garimpo ilegal

Extração de ouro em garimpo na região do rio Tapajós, que margeia Itaituba. Foto: Agência Pública.

O município de Itaituba (PA), principal polo de negociações envolvendo garimpo ilegal de ouro no país, viu sua arrecadação com a produção de ouro aumentar grandemente em 2020.

Em 7 meses, as receitas derivadas de ouro em Itaituba somaram quase 50% a mais do que as de todo o ano de 2019.

O fenômeno ocorre em um momento de alta nas cotações internacionais. As autoridades deduzem que a bonança na arrecadação é sinal de que a demanda por ouro no mercado internacional impulsiona ainda mais o garimpo ilegal na região.

Especialistas alertam em reportagem da Folha para a possibilidade de o mercado entusiasmado com os resultados aumente as pressões pela formalização de atividades irregulares de garimpo e pela lei que permite exploração mineral em terras indígenas.

O Brasil exportou nos primeiros sete meses de 2019 quase 55 toneladas de ouro, 5.8% a mais do que no mesmo período de 2019 e 31% a mais em relação a 2018.

Quando há queda dos novos pedidos de concessão para garimpo, Itaituba vê sua produção aumentar, o que leva a Agência Nacional de Mineração (ANM) a admitir que a alta nas receitas deriva de atividade irregular.

Especialistas apontam como razões para o garimpo ilegal perdurar a falta de fiscalização e a desorganização das leis que regulamentam a prática.

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