Sara Giromini expõe identidade de criança vítima de estupro para agitar bolsonaristas

A "influencer" bolsonarista Sara Giromini, que usa o pseudônimo de "Sara Winter". Foto: redes sociais.

Sara Fernanda Giromini (que usa o pseudônimo de “Sara Winter”), uma influencer bolsonarista que ganhou maior notoriedade após ser presa pela Polícia Federal por incitar atos contra o Supremo Tribunal Federal e instituições democráticas, causou tumulto altamente questionável neste domingo (16).

A bolsonarista expôs, em suas redes sociais, a identidade de uma criança de dez anos vítima de estupro que aguardava, em Recife, o procedimento médico que lhe permitiria interromper a gravidez oriunda do crime bárbaro.

Por consequência disso, multidões de pessoas se locomoveram à instalação hospitalar onde se encontrava a menina, aglomeraram-se em protestos “a favor da vida” contra o aborto e violentamente tentaram invadir o hospital, sob o olhar vigilante das autoridades de segurança que nada fizeram para dispersar os agitados grupos.

Os agitados por Giromini proferiram gritos de ordem e conduziram uma vocal e alta oração em frente ao hospital.

A reação levou movimentos de mulheres a espontaneamente buscarem dar uma resposta às multidões.

Reunido, um grupo de mulheres do Recife se juntou para protestar contra o que chamaram de “fundamentalistas” e lembrou o contexto de pandemia no qual as aglomerações ocorreram.

O episódio marca mais um exemplo do que a estratégia de guerra híbrida dos grupos de comunicação bolsonaristas é capaz de fazer ao país.

É um dos mais desumanos atos já praticados por Sara Giromini, que responde por outros crimes cometidos contra a ordem pública, sempre motivada pelos holofotes e pelo ímpeto de chamar a atenção.

A criança de dez anos, cuja identidade, será preservada, já passou pelo procedimento e se encontra estável.

Entre os agitadores daquela multidão, estiveram também os deputados estaduais Clarissa Tércio (PSC) e Joel da Harpa (PP), além de Clayton Collins (PP) e Teresinha Nunes (PSDB).

Os vereadores Renato Antunes (PSC) e Michelle Collins (PP) também engrossaram o coro dos irresponsáveis.

O aborto é autorizado no Brasil quando não há outro meio de salvar a vida da grávida; quando é resultado de estupro e nos diagnósticos de anencefalia.

Precisa do consentimento da gestante ou de seu representante legal, quando esta for incapaz. O SUS cobre a interrupção.

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