O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), rejeitou nesta segunda-feira, 14, a possível visita de Jair Bolsonaro a capital mineira para realizar a famigerada motociata em plena pandemia. Kalil também mandou recado ao dizer que Bolsonaro pode ser multado e que o ideal é que ele não viesse.
O prefeito classificou o evento de Bolsonaro como “comício” e que não é prudente realizar esse tipo de coisa “numa cidade sacrificada, com comerciantes sacrificados” e para “disseminar negacionismos”.
“O comício, se for evitar vai virar uma guerra campal, vamos ser realistas. Mas, falar que está atrapalhando o serviço dos outros eu posso falar perfeitamente. Vir aqui numa cidade sacrificada, com comerciantes sacrificados, com donos de bares e restaurantes sacrificados, para disseminar negaciosismo numa cidade que se cuidou tanto? Eu acho que, se ele fizer isso, vai perder muito voto aqui dentro”, disse em entrevista ao UOL.
“Se não vier aqui é um grande favor que está prestando ao povo de Belo Horizonte. O povo vai compreender isso como um ato de gentileza, de bondade. Isso eu não preciso de falar pelo telefone para ele não. Eu tenho um filho do meio que fala o seguinte: ‘muito ajuda quem pouco atrapalha’. Uso essa frase para que ele não venha, não nessa condição. Se quiser vir como presidente da República será recebido aqui na prefeitura, se me chamar em qualquer lugar eu vou, porque eu respeito hierarquia, eu não tenho esse problema”, completou.
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