Farmacêutica admite à CPI que faturou oito vezes mais com o “kit Covid”

A farmacêutica EMS admitiu à CPI da Covid que faturou cerca de R$ 142 milhões com medicamentos ineficazes que foram inseridos no tal kit covid, distribuídos pelo Ministério da Saúde sob o comando de Eduardo Pazuello para o inexistente “tratamento precoce” contra a Covid-19 no ano 2020.

O montante foi oito vezes superior ao registrado no ano anterior. A EMS pertence ao empresários Carlos Sanchez, aliado de Jair Bolsonaro. De acordo com a Folha, a ivermectina fez com que o faturamento da farmacêutica fosse de R$ 2,2 milhões para estonteantes R$ 71,1 milhões.

A empresa enviou à CPI um ofício informando que apoiou estudos científicos que abordaram o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.

“A primeira pesquisa apoiada pela Companhia foi publicada em 23.07.2020, no New England Journal of Medicine, e concluiu que o uso de hidroxicloroquina, sozinha ou associada com azitromicina, não mostrou efeito favorável na evolução clínica de pacientes adultos hospitalizados com formas leves ou moderadas de Covid-19”, disse.

A CPI também tem informações de que Bolsonaro fez lobby na Índia para duas empresas brasileiras que produziam cloroquina, uma delas é justamente a EMS.

Cláudia Beatriz:
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