Contas públicas registram rombo de R$ 15,5 bilhões em maio

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília

As contas públicas registraram déficit primário de R$ 15,5 bilhões em maio. Em 2020, o déficit estava em R$ 131,4 bilhões, no mesmo mês.

De acordo com as estatísticas fiscais divulgadas hoje (30) pelo Banco Central, o déficit primário do Governo Central é de R$ 20,9 bilhões, enquanto os superávits ficaram em R$ 5,2 bilhões nos governos regionais, e de R$ 134 milhões nas empresas estatais. Nos primeiros cinco meses de 2021, o setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, registrou superávit primário de R$ 60,3 bilhões, ante déficit de R$ 214 bilhões no mesmo período de 2020.

De acordo com o BC, os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$ 21,9 bilhões em maio, comparativamente a R$ 9 bilhões no mesmo mês de 2020. “Esse aumento foi influenciado pela evolução do IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] no período, importante indexador da Dívida Líquida do Setor Público, que registrou valores negativos em abril e maio de 2020”, informa a autoridade monetária.

No acumulado em 12 meses, os juros nominais ficaram em R$ 295,6 bilhões, o que corresponde a 3,73% do Produto Interno Bruto (PIB). Durante o mesmo período de 2020 (12 meses, terminados em maio), o total registrado ficou em R$ 355,7 bilhões (4,83% do PIB).

O resultado nominal do setor público consolidado (que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados) também foi deficitário no mês de maio, em R$ 37,4 bilhões. O déficit nominal acumulado nos últimos 12 meses alcançou R$ 724,3 bilhões (9,14% do PIB) – valor inferior ao acumulado até abril, que estava em R$ 827,2 bilhões (10,62% do PIB).

Dívidas líquida

A Dívida Líquida do Setor Público relativa ao mês de maio, de R$ 4,73 trilhões (59,7% do PIB), reflete, segundo o BC, “os impactos do déficit nominal (aumento de 0,5 ponto percentual), da valorização cambial de 3,2% no mês (aumento de 0,6 ponto percentual), e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 1,1 ponto percentual)”.

O BC acrescenta que a redução de 3 pontos percentuais na relação dessa dívida com o PIB decorre, sobretudo, do superávit primário acumulado (redução de 0,8 ponto percentual), da desvalorização cambial acumulada de 0,7% (redução de 0,1 ponto percentual), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 3,8 pontos percentuais), e dos juros nominais apropriados (aumento de 1,7 ponto percentual).

Dívida bruta

Já a Dívida Bruta do Governo Geral (que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais ) foi reduzida em 3 pontos percentuais, atingindo R$ 6,696 trilhões em maio (84,5% do PIB). Nesse caso, a redução da dívida na relação com o PIB – de 1,1 ponto percentual, na comparação com abril – decorre principalmente do efeito da valorização cambial (redução de 0,2 ponto percentual), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 1,5 ponto percentual), das emissões líquidas de dívida (aumento de 0,1 ponto percentual), e da incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 ponto percentual).

“No ano, a redução de 4,4 pontos percentuais na relação Dívida Bruta do Governo Geral/PIB decorre dos resgates líquidos de dívida (redução de 1,2 ponto percentual), do crescimento do PIB nominal (redução de 5,4 pontos percentuais), da desvalorização cambial acumulada (aumento de 0,1 ponto percentual) e da incorporação de juros nominais (aumento de 2,1 pontos percentuais)”, acrescenta o BC.

Com informações da Agência Brasil

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