Randolfe solicita que Mendonça seja declarado suspeito para julgar ação contra Bolsonaro

Imagem: Agência Senado

O senador e líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), solicitou ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que o recém empossado ministro da Corte, André Mendonça, seja declarado suspeito para julgar ações envolvendo Jair Bolsonaro.

Mendonça foi indicado pelo governo para assumir a vaga de Marco Aurélio Mello, que se aposentou os 75 anos.

Recentemente, o “terrivelmente evangélico” foi sorteado para relatar uma notícia-crime protocolada pelo próprio Randolfe que acusa Bolsonaro pelos crimes de prevaricação e advocacia administrativa.

Nesta semana durante evento na FIESP, Bolsonaro assumiu que interferiu no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em favor de Luciano Hang, dono da Havan.

“Também, há pouco tempo, tomei conhecimento que, uma obra, uma pessoa conhecida, o Luciano Hang, estava fazendo mais uma loja e apareceu um pedaço de azulejo durante as escavações. Chegou o Iphan e interditou a obra. Liguei para o ministro da pasta: ‘que trem é esse?’, porque eu não sou tão inteligente como meus ministros. ‘O que é Iphan?’, com PH. Explicaram para mim, tomei conhecimento, ripei todo mundo do Iphan. Botei outro cara lá. O Iphan não dá mais dor de cabeça pra gente”, assumiu Bolsonaro.

De acordo com Randolfe, Mendonça é suspeito para julgar o caso porque no período que aconteceu a interferência de Bolsonaro no Iphan, o agora ministro era advogado-geral da União (AGU).

“Para além dessa relação, o ministro assumiu em 2019 o comando da AGU, com a chegada de Bolsonaro à Presidência, saindo somente em abril de 2020, para assumir a pasta da Justiça e Segurança Pública”, argumenta Randolfe no pedido.

“A troca da diretoria do Iphan ocorreu em dezembro de 2019, de modo que se percebe que o ministro foi advogado-geral da União durante o período em que o presidente da República promoveu a mudança da cúpula do órgão administrativo, tornando-se temerária sua atuação neste processo por sua vinculação direta aos fatos ocorridos”, completa.

Cláudia Beatriz:
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