Elias Jabbour: Decadência ocidental x marxismo e o socialismo na China

Foto tirada em 19 de dezembro de 2021 mostra a lua cheia em Zhoushan, província de Zhejiang, leste da China. A última lua cheia do ano de 2021 apareceu no domingo, décimo sexto dia do décimo primeiro mês do calendário lunar chinês. (Foto de Shen Lei / Xinhua)

Por Elias Jabbour, professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCE-UERJ). Artigo produzido em colaboração com o Grupo de Mídia da China.

É impossível nas decadentes sociedades ocidentais – marcadas pela ascensão da extrema-direita, e onde o racismo e a violência policial contra o povo e os trabalhadores – compreender o que significa determinados momentos.

Vivemos no ocidente um contexto de crescente perda de fé popular na política e nos políticos, afinal a vida nos países “democráticos” piorou muito desde a crise financeira de 2008 e a pandemia demonstrou, de forma clara e objetiva, a incapacidade do capitalismo em lidar com as grandes questões que afligem a humanidade. A perda de fé na ciência é outra expressão da decadência ocidental.

Nos Estados Unidos, cerca de metade de sua população se nega a fazer uso da vacina contra o Covid-19, por pura fé religiosa.

Seria inacreditável explicar a um ser-humano razoavelmente instruído que, em pleno século XXI, na “maior democracia do mundo”, milhões de pessoas simplesmente não acreditam na ciência.

É evidente que sociedades com esta característica a única resposta que elas podem entregar ao mundo não são vacinas ou esperança, e sim ameaças e violência. O imperialismo aprofunda sua tendência à violência diante do apodrecimento de sua sociedade.

É essa “democracia” que eles querem exportar ao mundo?

É neste contexto que devemos localizar a sexta sessão plenária do 19º Comitê Central do Partido Comunista da China. O evento aprovou a Resolução do Comitê Central do Partido Comunista da China, sobre as Grandes Conquistas e Experiências Históricas na Luta Centenária do Partido.

Não é qualquer sociedade capaz de discutir criticamente seu passado, com vistas à construção de seu próprio futuro e se comprometer com a defesa intransigente da paz mundial.

É pura ignorância e má-fé resumir esse documento a uma resolução em torno da liderança de Xi Jinping. Este documento situa Xi Jinping, e o processo por ele liderado, como parte fundamental da história chinesa nos últimos 100 anos.

Da mesma forma que, em 1945 e 1981, encontros históricos consagraram o papel fundamental de líderes como Mao Tsétung e Deng Xiaoping. O mesmo ocorre agora. Não nos esqueçamos: sob Xi Jinping, a China liderou o maior feito da história humana (eliminação da pobreza extrema) e a vitória inconteste contra o Covid-19.

Artigos sobre esta histórica resolução podem e devem ser escritos.

São inúmeros os pontos históricos e conjunturais levantados. Faz-se necessário, porém, relacionar esse documento ao crescente status que marxismo e o socialismo têm recebido, como os grandes responsáveis pelo rejuvenescimento da nação chinesa.

Bom lembrar que, há cerca de 30 anos, o marxismo foi declarado morto e enterrado por intelectuais ocidentais, enquanto Deng Xiaoping, em sua histórica viagem ao sul da China em 1992, previa um glorioso renascimento do marxismo.

A resolução atualiza o status do marxismo e do socialismo na China.

Link da resolução em inglês.

O documento deixa claro que o “Partido Comunista Chinês (PCCh) sempre salienta que todo partido deve manter a firmeza de seus ideais e convicções, uma organização rigorosa e o cumprimento estrito e justo de suas disciplinas e regras. As convicções marxistas, o nobre ideal do comunismo, e o ideal comum do socialismo com características chinesas, constituem a fonte de força e a alma política dos comunistas chineses, assim como a base ideológica para manter a unidade e a coesão do nosso Partido”.

Esta força ideológica e a clareza de ideias são algo inexistente nas decadentes “democracias ocidentais”.

A fome, o individualismo e o fascismo são parte cada vez mais integrante das sociedades europeia e norte-americana.

No lugar da negação política, os chineses apontam o socialismo desenvolvido como a segunda meta centenária.

Contra a falta de perspectiva espiritual, o marxismo sintetizado no “socialismo com características chinesas” formam o horizonte e a força espiritual de um povo.

Contra a naturalização da fome, da miséria e da desigualdade, a grande bandeira da “prosperidade comum” passa a guiar o partido comunista chinês e a sociedade, no sentido de superar contradições e mostrar ao mundo que Mao Tsétung estava correto: “somente o socialismo pode salvar a China”.

Agregamos que somente o socialismo poderá salvar o mundo!

Redação:
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