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Servidores da ABIN defendem desmilitarização do GSI e ABIN

Segundo fontes ouvidas pela coluna, “qualquer balão de ensaio de subordinar a Agência [Brasileira de Inteligência] aos militares novamente é um retrocesso. Segundo a avaliação deles essa possibilidade não passa pela cabeça dos diretores da agência, porém, reforçam que os militares tem insistido nessa narrativa (de possibilidade de militarização da ABIN) como forma de salvar […]

5 comentários
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Sede da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Imagem: Divulgação/Gov.br

Segundo fontes ouvidas pela coluna, “qualquer balão de ensaio de subordinar a Agência [Brasileira de Inteligência] aos militares novamente é um retrocesso. Segundo a avaliação deles essa possibilidade não passa pela cabeça dos diretores da agência, porém, reforçam que os militares tem insistido nessa narrativa (de possibilidade de militarização da ABIN) como forma de salvar seu legado.

Veja também: o que fazer com o GSI?

Eles acreditam que não há sentido algum em se criar uma “nova agência” de inteligência com militares e civis e tirar a Abin da Casa Civil, como forma de resolver, segundo eles, o desastre que se verificou ser o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Existem várias razões pelas quais a desmilitarização do GSI e da ABIN são importantes. Em primeiro lugar, a presença de militares no comando destas pastas podem prejudicar a democracia. Isso ocorre porque os militares têm uma cultura e treinamento distintos, com ênfase na hierarquia e disciplina, o que pode ser incompatível com os princípios democráticos e a transparência. Além disso, a presença de militares no GSI reforça o erro que é a militarização da segurança interna, o que rotineiramente acarreta em ocorrências envolvendo a violações dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito.

Em segundo lugar, a desmilitarização delas pode melhorar a eficiência e a eficácia dos órgãos. Como os militares não têm a mesma formação e experiência em questões civis e políticas, eles não estão tão bem equipados para lidar com questões de segurança interna e política e a história recente já provou que este ponto é verdadeiro. Ao colocar civis em posições de liderança no GSI, o órgão pode se beneficiar de suas habilidades e experiência em gerenciamento civil e resolução de conflitos.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Comentários

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Antônio

25/04/2023 - 21h49

A exemplo de nações desenvolvidas, isso já deveria ter acontecido. A exemplo dos Órgãos de inteligência dos E.U.A (CIA), Reino Unido (MI5/MI6), ….

UM

25/04/2023 - 21h39

Infeliz a reportagem, tentando desmerecer a capacidade de um agente público, afinal guardadas as devidas proporções os militares são agentes da administração pública, dizer que eles eles “não estão tão bem equipados para lidar com questões de segurança interna e política e a história recente já provou que este ponto é verdadeiro” sem citar o que é de fato é de uma leviandade sem tamanho. Dizer ainda que a hierarquia e a disciplina não coadunam com a transparência e os princípios democráticos é de uma total sandice. O texto tenta de forma mesquinha desmerecer os militares, que sim tem seus pontos falhos, como toda a administração brasileira, caso contrário estaríamos em um país de primeiro mundo, mas agora colocar a ineficiência de uma instituição em cima de uma classe, mostra que o autor tem sim raiva ou nutre um grande rancor de quem questiona.

MG

25/04/2023 - 14h52

Viajando na maionese

Paulo

25/04/2023 - 13h14

Daqui a pouco os militares vão virar cidadãos de segunda classe, pelo jeito. Se é que ainda serão considerados cidadãos….
Pra isso aqui virar um hospício, não falta muito não…

Natalia

25/04/2023 - 11h16

Segundo fontes…kkkkkkkkkkkk


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