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Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 2,5% na atividade econômica em fevereiro

Publicado em 03/05/2023 FGV Ibre — O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 2,5% na atividade econômica em fevereiro em comparação a janeiro, considerando-se dados com ajuste sazonal. Na comparação interanual o crescimento da economia em fevereiro foi de 2,7%; mesma variação apresentada no trimestre móvel findo em fevereiro. “O forte crescimento de 2,5% da […]

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Tânia Rêgo

Publicado em 03/05/2023

FGV Ibre — O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 2,5% na atividade econômica em fevereiro em comparação a janeiro, considerando-se dados com ajuste sazonal. Na comparação interanual o crescimento da economia em fevereiro foi de 2,7%; mesma variação apresentada no trimestre móvel findo em fevereiro.

“O forte crescimento de 2,5% da economia em fevereiro foi devido, principalmente, a atividade agropecuária. Embora a indústria e os serviços também tenham crescido na comparação com janeiro, o expressivo desempenho agrícola, justificado principalmente pela safra recorde de soja e sua elevada participação no valor adicionado da agricultura, é o grande destaque da economia no mês. Com a maior parte da colheita de soja sendo realizada nos meses de fevereiro, março e abril, este resultado sugere persistência do bom desempenho econômico no início do ano.”, segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

Análise desagregada dos componentes da demanda

A análise gráfica desagregada dos componentes da demanda foi realizada na série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.

Consumo das famílias

O consumo das famílias cresceu 4,4% no trimestre móvel findo em fevereiro. O Gráfico 2 do release mostra que este resultado se deve ao desempenho positivo do consumo de serviços e do consumo de produtos não duráveis. Como já tem sido observado nos meses anteriores, no consumo de serviços há disseminação desse crescimento entre vários segmentos. Já no consumo de não duráveis destaca-se a contribuição do segmento alimentício e, principalmente, o de combustíveis.

Formação bruta de capital fixo (FBCF)

A FBCF cresceu 2,4% no trimestre móvel findo em fevereiro. Embora o segmento de máquinas e equipamentos tenha apresentado contribuição negativa (-0,3 p.p.), ela foi menor do que a observada no trimestre findo em janeiro (-1,2 p.p.), o que explica, em parte, a melhora do indicador total. Outra contribuição importante foi o desempenho de outros da FBCF. Neste caso, destaca-se o crescimento da FBCF relacionada a serviços prestados as empresas.

Exportação

A exportação de bens e serviços cresceu 0,2% no trimestre móvel findo em fevereiro. Apesar do desempenho positivo, nota-se no Gráfico 4 do release, forte redução do crescimento observado no trimestre móvel findo em janeiro. A exceção da exportação de bens de capital e de serviços, todos os demais segmentos apresentaram significativa piora no trimestre móvel findo em fevereiro. Destaca-se a contribuição negativa da exportação de produtos agropecuários e a de bens intermediários.

Importação

A importação de bens e serviços cresceu 1,6% no trimestre móvel findo em fevereiro. Os maiores destaques para este resultado devem-se às contribuições positivas da importação de serviços e de bens de capital. Apesar disso, nota-se forte desaceleração do crescimento nestes dois segmentos, o que justifica a desaceleração do total das importações.

PIB-FGV em valores

Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB, no primeiro bimestre de 2023 em valores correntes, tenha sido de 1 trilhão 828 bilhões e 672 milhões de Reais.

Taxa de Investimento

O Gráfico 6 do release destaca em duas linhas as médias das taxas de investimento: a laranja (em cima) mostra a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2000 (18,0%); a cinza (em baixo), a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2015 (16,6%). Observa-se que a taxa de investimento em fevereiro de 2023 foi de 16,6%, na série a valores correntes. Este resultado apresenta a taxa de investimento em fevereiro no mesmo patamar da taxa de investimento média mensal considerando o período desde janeiro de 2015, mas abaixo da taxa de investimento média considerando o período desde janeiro de 2000.

Acesse aqui o documento.

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EdsonLuíz.

04/05/2023 - 12h13

O crescimento do PIB no ano passado foi de 2,9%, crescimento que causou certa surpresa porque pouco dele foi efeito dos gastos eleitorais de Jair Bolsonaro.

Jair Bolsonaro gastou com força a partir 2021 para ter votos para se eleger e a gastança de Bolsonaro levaria naturalmente a crescimento maior do PIB. Mas sabemos que de março/2021 a agosto/2022, toda vez que Bolsonaro aumentava o gasto o Banco Central, conduzido pelo seu presidente, Roberto Campos Neto, subia os juros para esterilizar os gastos de Bolsonaro e assim impedir que a inflação saísse totalmente de controle e que fosse derretido o poder de compra da nossa moeda.

Se não foi o efeito da gastança de Bolsonaro que levou o PIB a fechar 2022 em 2,9%, então o que foi?

Agora, contra uma expectativa de PIB por volta de 1%, novamente os indicadores têm surpreendido e apontado para PIB mais para perto de 3%.

Como ter PIB nestes pontos não era o esperado, falta uma explicação para o motivo da surpresa, tanto em 2022 como agora, neste início de 2023.

Especulam que a economia brasileira mudou de patamar e passou a ter crescimento maior, sem ninguém ainda ariscar qualquer causa para esse maior crescimento. Talvez possa ser resultado das reformas trabalhista e previdenciária que estejam amadurecendo agora, depois do intervalo forçado pela epidemia de Covid.

Se o potencial de crescimento houver mesmo mudado para maior, caso o atual governo começe a trabalhar de forma correta e sem populismos para a economia, onde até agora fez muito pouco ou nada, existe a chance de confirmar bom crescimento do PIB e com isso maior chance de sucesso da nova Âncora Fiscal funcionar, ao menos enquanto o crescimento a puder sustentar.


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