Ocorreu nesta segunda-feira (29) a audiência de instrução e julgamento dos dois policiais militares acusados de matarem a jovem Kathlen Romeu, de 24 anos, em 2021. A vítima, grávida de quatro meses na época, foi atingida por um disparo de fuzil no tórax, no Complexo do Lins.
Os policiais militares Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias são os acusados pelo homicídio de Kathlen. Os militares também respondem, juntamente com outros três PMs, por fraude processual por, segundo a justiça, terem alterado a cena do crime.
Durante o julgamento, a primeira a falar foi a avó de Kathlen, Sayonara de Fátima de Oliveira, que detalhou o momento em que a neta foi baleada. Segundo ela, a rua estava calma quando, de repente, ouviram uma rajada de tiros.
“Achei que ela estava se protegendo, até ver que ela estava ferida. Eu comecei a gritar, pedindo socorro, quando chegou um PM, ignorou o corpo da minha neta e começou a me interrogar. Minha neta já chegou morta no hospital. Não tinha mais esperanças de nada”, disse a avó de Kathlen.
Nesta primeira parte do julgamento, que deve durar até os próximos meses, o juiz irá ouvir as testemunhas do caso e os acusados. Nesta segunda-feira foram ouvidas quatro testemunhas escolhidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
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