A voz não era de Appio

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Por fim, a voz não era do juiz Eduardo Appio.

Foi a conclusão de novo parecer técnico do professor Pablo Arantes, da Universidade Federal de São Carlos.

A opinião de um profissional independente se opõe à perícia feita às pressas pela Polícia Federal, que apontava  Appio como autor de uma ligação para o filho do desembargador Marcelo Malucelli.

A ligação foi usada como um dos pretextos para o TRF-4 afastar Appio de suas funções à frente da 13a Vara de Curitiba.

A juíza Gabriela Hardt, juíza paranaense, uma figura polêmica que condenou o presidente Lula em 2019, tinha assumido os processos conduzidos por Appio no tribunal. 

A defesa de Appio também entrou com petição no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que a decisão do TRF-4 seja anulada, e que Appio possa voltar ao comando da 13a Vara.

A trama judicial de Curitiba é intrincada.

João Eduardo Malucelli, para quem Appio teria supostamente ligado, é sócio do ex-juiz Moro e sua esposa, no escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados.

João também tem um vínculo familiar com Moro, pois mantém um relacionamento com Júlia Wolff Moro, filha de Rosângela e do ex-juiz.

Por trás de todo esse vai e vem em Curitiba, nota-se a movimentação desesperada de forças obscuras – e com forte consciência de culpa –  para interromper ou anular investigações sobre os inúmeros abusos cometidos pelos responsáveis pela operação Lava Jato.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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