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Dino e Rui mostram a dificuldade que é a segurança presidencial

Começou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmando, na tarde da última terça-feira (20), que a coordenação da segurança do presidente Lula (PT) voltaria a ser comandada pelos militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e que seria um modelo híbrido composto por civis e militares. “O presidente terá a liberdade de convidar […]

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Foto: Reprodução

Começou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmando, na tarde da última terça-feira (20), que a coordenação da segurança do presidente Lula (PT) voltaria a ser comandada pelos militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e que seria um modelo híbrido composto por civis e militares.

“O presidente terá a liberdade de convidar quem ele entender que deve compor, independentemente de ser Polícia Federal, Policial Militar ou membros das Forças Armadas. Será montado um modelo híbrido, mas sob coordenação do GSI”, afirmou Rui Costa.

A declaração do ministro da Casa Civil foi encarada até mesmo com risos por parte das instâncias superiores da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República (SESP), que viram a fala do ministro como uma platitude, já que hoje a segurança presidencial já é feita em conjunto entre civis e militares, num modelo híbrido. Neste cenário, os servidores da SESP apenas seriam incorporados ao GSI.

Alguns dias depois, foi a vez do Ministro da Justiça, Flávio Dino, que hoje tem a Polícia Federal (PF) sob sua gestão:

“A Polícia Federal tem tido uma ótima atuação nesse trabalho. Respeito muito o GSI, mas acho que a PF deve continuar. A decisão, evidentemente, será do Presidente da República, pois é um assunto que está diretamente relacionado a ele e sua família”, afirmou Dino.

Segundo fontes na segurança presidencial e no Congresso Nacional, o motivo dessas duas declarações divergentes estaria numa suposta disputa entre os dois ministros, algo que é negado pela equipe de ambas as pastas.

Segundo uma das fontes ouvidas pela coluna, “as pessoas precisam voltar a compreender que posições contrárias não transformam ninguém em inimigo”.

O fato é que até hoje, a segurança presidencial coordenada pelos militares não se mostrou eficaz. Foi sob a tutela militar que presidentes foram ameaçados, espionados e vítimas de confabulações golpistas. Além disso, não param de surgir mais e mais relatos e evidências de envolvimento de militares graduados e oficiais das Forças Armadas em conspirações golpistas contra o presidente Lula.

Além disso, recentemente, durante a visita de Nicolás Maduro, mandatário da Venezuela, a jornalista Delis Ortiz foi agredida por um militar do próprio GSI na saída do Itamaraty, o que evidencia o total despreparo das forças militares com a segurança presidencial.

Porém, no fim, independentemente das posições dos ministros, quem dará a palavra final nesse debate é o presidente Lula, que até o momento não deixou claro seus objetivos com a pasta.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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William

25/06/2023 - 08h07

Dois Trogloditas ignorantes.como bodes e autoritários, os tópicos coroneizoes do NE.


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