Governo Lula anuncia retorno do programa cisternas, paralisado por Bolsonaro

A escola municipal Furtado Leite, na comunidade Pereiros, em Nova Russas (CE), recebeu a primeira das 5 mil cisternas que serão construídas em escolas públicas rurais do Semiárido até 2016

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgou hoje o retorno do Programa Cisternas, que visa construir equipamentos para abastecimento de água em famílias rurais do semiárido e da Amazônia. A iniciativa, paralisada durante a gestão de Jair Bolsonaro, receberá investimentos de R$ 562 milhões este ano, beneficiando cerca de 60 mil famílias, de acordo com o governo Lula.

O programa será impulsionado por dois editais no valor total de R$ 500 milhões. Um deles destina-se à contratação de cisternas para consumo e produção de alimentos no semiárido, com R$ 400 milhões de investimento. O outro visa a contratação de sistemas individuais e comunitários de acesso à água na Amazônia, com investimento de R$ 100 milhões.

Além disso, acordos foram homologados na Justiça com a Associação Programa Um Milhão de Cisternas e com a Fundação Banco do Brasil e o BNDES, totalizando R$ 16 milhões e R$ 46,4 milhões, respectivamente, para serem investidos em projetos relacionados ao programa.

O Programa Cisternas já obteve reconhecimento internacional, recebendo prêmios como o Prêmio Sementes 2009 da ONU e o Future Policy Award em 2017. Desde sua criação em 2003, o programa entregou cerca de 970 mil cisternas de água para consumo humano e tem sido crucial na luta contra a sede, na promoção da produção de alimentos e no combate à fome.

No entanto, a falta de investimentos durante a gestão anterior causou uma redução significativa no alcance do programa, criando uma fila de espera com mais de 350 mil famílias no semiárido aguardando pelos benefícios do Programa Cisternas.

Ruann Lima: Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF
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