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E-mails revelam transação da equipe de Cid para ex-marido de Wal do Açaí

Mensagens de e-mail provenientes da equipe do ex-ajudantes de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelam a existência de pelo menos um depósito em dinheiro em conta pertencente a Edenilson Nogueira Garcia, aposentado e ex-marido de Walderice Santos da Conceição, mais conhecida como Wal do Açaí. Wal está sob suspeita de ocupar um cargo fictício […]

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Imagem: Reprodução / Twitter

Mensagens de e-mail provenientes da equipe do ex-ajudantes de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelam a existência de pelo menos um depósito em dinheiro em conta pertencente a Edenilson Nogueira Garcia, aposentado e ex-marido de Walderice Santos da Conceição, mais conhecida como Wal do Açaí. Wal está sob suspeita de ocupar um cargo fictício no gabinete de Bolsonaro durante o período em que ele era deputado federal.

A cópia do comprovante bancário no valor de R$ 3,7 mil, obtida pelo Metrópoles, estava presente nos e-mails apagados de um dos membros da equipe de ajudantes de ordem. Essa equipe era liderada pelo tenente-coronel Mauro Cid, um dos principais colaboradores de Bolsonaro, que foi detido sob suspeita de envolvimento em atividades fraudulentas relacionadas a cartões de vacinação. Além disso, Cid está sob investigação pela CPI dos atos golpistas, a qual está analisando as correspondências contidas nas trocas de e-mails da Ajudância de Ordem.

O montante em questão foi depositado em espécie na conta poupança de Edenilson no dia 25 de fevereiro do ano anterior. Edenilson afirmou ao Metrópoles que nunca exerceu função para Bolsonaro e encerrou a conversa sem comentar sobre o depósito em dinheiro registrado em sua conta.

A mesma conta bancária pertencente a Edenilson já foi sujeita a uma quebra de sigilo como parte da investigação envolvendo Wal do Açaí. Matérias que trouxeram à tona suspeitas relacionadas à mulher mencionaram Edenilson como possível caseiro de Bolsonaro.

Em 2018, durante um depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), Edenilson negou ter prestado quaisquer serviços a Bolsonaro, afirmando que ocasionalmente apenas alimentava os cachorros que estavam na residência do ex-presidente em Angra dos Reis.

Walderice está sob investigação devido ao seu registro como funcionária do gabinete de Jair Bolsonaro durante mais de 15 anos, entre 2003 e 2018, sem, no entanto, ter pisado em Brasília em nenhum momento desse período.

A notoriedade de Wal surgiu em 2018 quando uma reportagem da Folha de S. Paulo descobriu que ela vendia açaí na praia de Angra dos Reis durante os horários de expediente em Brasília. A investigação do MPF apontou que a maior parte de seu salário era retirada em dinheiro vivo. Tanto Bolsonaro quanto Wal enfrentam acusações de improbidade.

Por sua vez, Edenilson era reconhecido por sua proximidade com os Bolsonaro e por ter trabalhado em uma propriedade da família na Vila Histórica de Mambucaba, no Rio de Janeiro.

Apesar de ter sido aposentado por invalidez desde 1999, Edenilson não deixou de cuidar dos cachorros da família Bolsonaro e de se envolver em comícios, campanhas e reuniões, conforme indicado pelo MPF. Ele inclusive se candidatou a vereador em 2016 por Barra Mansa (RJ), com apoio de Jair Bolsonaro.

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