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Moraes encerra inquérito contra empresários bolsonaristas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, arquivou a investigação da Polícia Federal contra seis empresários que conversavam em aplicativo de mensagens, o WhatsApp, sobre um golpe de Estado. A apuração aberta no ano passado determinou oito empresários bolsonaristas a serem investigados. À época, eles atacavam o STF, espalhavam desinformação sobre urnas […]

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Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, arquivou a investigação da Polícia Federal contra seis empresários que conversavam em aplicativo de mensagens, o WhatsApp, sobre um golpe de Estado.

A apuração aberta no ano passado determinou oito empresários bolsonaristas a serem investigados. À época, eles atacavam o STF, espalhavam desinformação sobre urnas eletrônicas e o sistema eleitoral e, nas mensagens mais extremas, defendiam um golpe de Estado para Jair Bolsonaro continuar no poder da República, indica a revista piauí.

Moraes arquivou o inquérito referente a seis deles, mas Luciano Hang, das Lojas Havan, e Meyer Joseph Nigri, fundador da empresa do setor imobiliário Tecnisa, irão continuar sob investigação.

O ministro determinou 60 dias para que a PF faça as diligências em relação aos dois últimos empresários. As investigações irão seguir para apurar o conteúdo do celular de Hang e a possível relação com o ex-presidente Bolsonaro.

Com a decisão desta segunda-feira (21), Moraes encerrou a investigação sobre Afrânio Barreira Filho, dono da rede de restaurantes Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da rede de shoppings Multiplan; José Koury Junior, proprietário do shopping Barra World, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; Marco Aurélio Raymundo, dono da marca de roupas Mormaii; e Luiz André Tissot, do grupo imobiliário Sierra, especializado em imóveis de luxo.

Para o ministro, “a investigação carece de elementos indiciários mínimos, restando patente a ausência de justa causa para a sua continuidade”. Além disso, “embora anuíssem com as notícias falsas, [eles] não passaram dos limites da manifestação interna no referido grupo, sem a exteriorização capaz de causar influência em terceiros como formadores de opinião”.

A decisão de encerrar a continuidade da investigação veio após a PF pedir a prorrogação do prazo para finalizar as apurações, “inclusive com a análise da quebra do sigilo bancário e dos dados contidos nos telefones celulares do investigado Luciano Hang, uma vez que este se recusou a fornecer as senhas dos aparelhos”.

Como Hang não informou a senha do celular apreendido pela PF, a investigação não pode ser encerrada. No caso de Nigri, Moraes indicou que a apuração alegou a existência de vínculo entre o empresário e Bolsonaro, devido à uma troca de e-mails encontrada pela Polícia.

Segundo a PF, “No ano de 2021, há evidências de uma possível visita do então presidente à residência de Meyer Nigri, ressaltando que o específico grupo de WhatsApp denominado “Empresários & Política”, objeto desta investigação, foi criado, supostamente, naquele ano”.

Nigri, além de interagir com um contato salvo como “PR Bolsonaro 8”, (PR sendo abreviação de “presidente da República”), repassava as informações falsas recebidas. “Ou seja, a pessoa associada ao contato [PR Bolsonaro 8] enviou ao investigado Meyer Nigri as mensagens com conteúdo não lastreado ou conhecidamente falso (fake news), atacando integrantes das instituições públicas, especialmente ministros do STF, desacreditando o processo eleitoral brasileiro”, indica o relatório da PF.

“Em seguida, após receber as mensagens em chat privado, Meyer Nigri publicou o conteúdo ilícito no grupo de Whatsapp ‘Empresários e Política’. Inclusive Nigri avisa ao interlocutor ‘PR Bolsonaro 8’ que uma das mensagens falsas foi repassada a vários grupos”.

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