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Lula reafirma compromisso em eliminar a fome e revitalizar a democracia no Brasil

Em resposta a uma pergunta sobre a contínua confrontação entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou, nesta quinta-feira (24), seu desejo de abordar esse tópico somente quando os líderes dos dois países manifestarem interesse em negociar a paz. Ele também mencionou que está focado em uma “batalha” […]

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Ricardo Stuckert

Em resposta a uma pergunta sobre a contínua confrontação entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou, nesta quinta-feira (24), seu desejo de abordar esse tópico somente quando os líderes dos dois países manifestarem interesse em negociar a paz. Ele também mencionou que está focado em uma “batalha” dentro do Brasil, com ênfase na luta contra a fome e na busca por “restaurar a democracia”. Lula conversou com a imprensa em Joanesburgo, África do Sul, logo após o término da 15ª cúpula de chefes de Estado dos Brics.

“Eu tenho uma guerra no meu país, que é acabar com a fome, que é trazer de volta a democracia, que foi jogada no lixo durante quase seis anos”, afirmou o presidente, fazendo referência aos últimos dois governos de Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB). “E essa é uma tarefa muito difícil. Talvez mais difícil do que mandar um foguete para a Lua. Então, só vou poder mandar um foguete para a Lua quando eu tiver restabelecido a democracia no meu país e acabado com a fome”, declarou o petista.


O presidente do Brasil trouxe a Lua à discussão devido a duas nações membros do grupo Brics terem recentemente empreendido missões espaciais em direção ao nosso satélite natural: a Rússia, cuja missão não obteve êxito, e a Índia, que conseguiu realizar um histórico pouso no polo sul lunar.

O conjunto de países Brics anunciou sua expansão nesta quinta-feira. Dos 22 países que se candidataram a aderir ao grupo, Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã foram oficialmente convidados e têm previsão para se tornarem membros efetivos dos Brics a partir do início do próximo ano.

“A vinda da Argentina, da Arábia Saudita, do Egito, dos Emirados Árabes, da Etiópia e do Irã é muito importante”, afirmou Lula. “Quanto mais gente tivermos, a gente pode negociar com outros blocos com mais garantia de sucesso. Ou de ser tratado em igualdade de condições e não a prepotência do senhor de engenho contra o escravo”, continuou.

“Quando nós criamos os Brics, muita gente achava que era uma piada, muita gente não levava a sério”, afirmou ainda. “Outro avanço importante é questão de discutir a elaboração e confecção de uma moeda de negócios, sem precisar mudar a moeda do país. O Brasil continuar com real, ninguém quer mudar. O que queremos é criar moeda que permita a gente faça negócio sem precisar comprar dólar. Resolvemos criar moeda porque isso facilita a vida das pessoas. Não queremos pressa, porque não é coisa simples de fazer. O que decidimos, com muita maturidade, foi garantir que área econômica dos países dos Brics estudem durante todo esse ano, para que na próxima reunião de cúpula dos Brics, que será na Rússia, a gente apresente uma solução, para ver se a gente vai estar de consenso ou não”, declarou.

Os Brics
Os Brics constituem uma coalizão política que busca fortalecer sua presença em discussões globais, constituindo uma contraparte às nações tradicionais que geralmente se alinham com os Estados Unidos. O Brasil, Rússia, Índia e China fundaram os Brics em 2006, e a África do Sul é o único outro país que se integrou ao grupo desde então.

A agenda de Lula

O presidente encontra-se na África desde o início da semana. A primeira etapa da sua viagem se encerra em Joanesburgo nesta quinta-feira. Ainda no decorrer deste dia, o presidente brasileiro parte para uma visita oficial à Angola, com chegada prevista para a noite em Luanda.

No próximo domingo (27), Lula segue para São Tomé e Príncipe, onde participará no dia subsequente da 14ª Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), engajando-se em reuniões bilaterais com outros líderes internacionais.

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