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Esquerda espanhola avança: Díaz e Puigdemont se reúnem em Bruxelas

Yolanda Díaz, líder da coalizão de partidos de esquerda chamada Sumar, teve um encontro em Bruxelas com Carles Puigdemont, o líder separatista. O objetivo desse encontro foi buscar uma aliança que permitisse a reeleição do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez. Carles Puigdemont é uma figura proeminente do partido separatista catalão Junts, cujo apoio é fundamental para […]

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Imagem: REUTERS/Yves Herman

Yolanda Díaz, líder da coalizão de partidos de esquerda chamada Sumar, teve um encontro em Bruxelas com Carles Puigdemont, o líder separatista. O objetivo desse encontro foi buscar uma aliança que permitisse a reeleição do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

Carles Puigdemont é uma figura proeminente do partido separatista catalão Junts, cujo apoio é fundamental para a formação de uma maioria que possa sustentar Pedro Sánchez no governo. Puigdemont encontra-se exilado em Bruxelas, após ter sido destituído do cargo de governador da Catalunha pela justiça espanhola, sob a acusação de “rebelião”.

A acusação de “rebelião” foi feita em 2017, devido à realização de um referendo independentista na região por Puigdemont, um ato que vai contra a constituição espanhola. Desde então, ele permanece em Bruxelas e, em 2019, foi eleito para o Parlamento Europeu.

Após o encontro na capital belga, tanto Díaz quanto Puigdemont afirmaram sua intenção de “explorar todas as alternativas democráticas para resolver o impasse político”. Isso se refere à situação que se instaurou após as eleições realizadas em julho deste ano, nas quais nenhum partido conseguiu uma maioria clara.

Eleições espanholas

Já se passou mais de um mês desde as eleições que resultaram em um parlamento sem uma maioria clara na Espanha. Desde então, os dois principais candidatos, Alberto Núñez Feijóo e Pedro Sánchez, têm tentado formar uma coalizão majoritária.

Nas eleições de julho, o partido de centro-direita, PP, liderado por Feijóo, ficou à frente do partido de centro-esquerda, PSOE, liderado pelo atual presidente do governo, Pedro Sánchez. Mesmo com a possibilidade de formar uma parceria com o partido de extrema-direita, VOX, o PP não conseguiu alcançar as 176 cadeiras necessárias para governar.

No entanto, o rei Felipe VI decidiu nesta semana conceder a Feijóo o direito de submeter-se a uma votação no parlamento para tentar se tornar presidente do governo. No entanto, é improvável que Feijóo tenha sucesso.

Feijóo precisaria do apoio de partidos independentistas, mas seu próprio partido é firmemente contrário ao separatismo e criticou fortemente Sánchez por governar com o apoio desses partidos. Convencer seu próprio partido a mudar de posição e persuadir outros partidos será uma tarefa árdua.

Por outro lado, Pedro Sánchez espera que Feijóo não tenha êxito em sua tentativa de se tornar presidente e já está trabalhando em sua reeleição. Seu partido demonstrou sua força ao eleger Francina Amengol como presidente do congresso, com o apoio do partido separatista Junts.

As negociações com o Junts e outros partidos menores estão em andamento. Os separatistas estão fazendo diversas demandas, desde questões simples, como o uso das línguas regionais em ambientes oficiais, até referendos oficiais sobre possíveis independências.

No entanto, é importante ressaltar que os referendos são proibidos pela constituição espanhola, e é altamente improvável que Sánchez assuma a responsabilidade política por eles. No entanto, ao ceder em pontos menos controversos, ele pode obter o apoio necessário.

Uma estratégia que está sendo considerada é a possibilidade de o PSOE ceder quatro deputados de sua bancada para que o Junts, que atualmente tem sete deputados, possa atingir o número mínimo de deputados necessário para formar um “grupo parlamentar”, o que traria vantagens de acordo com o regulamento da Câmara.

As próximas semanas determinarão se Sánchez será bem-sucedido em sua tentativa de reeleição ou se será necessário convocar novas eleições no final do ano.

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