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Coréia do Norte lança satélite espião e obtém imagens de base militar dos EUA

Na terça-feira, 21, a Coreia do Norte anunciou com êxito o lançamento do seu satélite de reconhecimento militar, o Malligyong-1, a partir da base de Sohae, utilizando o recém-desenvolvido foguete Chollima-1, conforme relatado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) declarou nesta quarta-feira (22) que o satélite espião […]

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Na terça-feira, 21, a Coreia do Norte anunciou com êxito o lançamento do seu satélite de reconhecimento militar, o Malligyong-1, a partir da base de Sohae, utilizando o recém-desenvolvido foguete Chollima-1, conforme relatado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) declarou nesta quarta-feira (22) que o satélite espião militar norte-coreano possivelmente entrou em órbita. No entanto, é necessário mais tempo para determinar se o satélite está operando corretamente. A Coreia do Norte anunciou ainda seus planos de lançar mais satélites espiões em breve, segundo a Yonhap.

O JCS confirmou o lançamento previamente divulgado do satélite de reconhecimento militar norte-coreano na direção sul, informando que a Coreia do Norte comunicou seus planos de lançamento entre 22 de novembro e 30 de dezembro.

Esta é a terceira tentativa de lançamento da Coreia do Norte este ano, após insucessos em maio e agosto para colocar um satélite de reconhecimento militar em órbita. A agência estatal de notícias norte-coreana KCNA relatou nesta quarta-feira que o novo satélite já capturou imagens da base aérea dos EUA em Guam. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, teria observado essas imagens aeroespaciais das instalações militares dos EUA.

Posterior ao lançamento, a Casa Branca, o secretário-geral da ONU e a Coreia do Sul condenaram o ato, instando a Coreia do Norte a interromper tais atividades. Como resposta, Seul suspenderá parte de um acordo intercoreano de redução da tensão militar de 2018, permitindo a retomada imediata das atividades de reconhecimento e vigilância ao redor da fronteira com a Coreia do Norte.

A China, através da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, apelou à calma e moderação por parte de todos os países relevantes. Mao Ning destacou que a situação na Península Coreana se desenvolveu por uma razão e enfatizou a importância de contribuir para o processo de resolução política na região.

A Rússia, por meio de sua porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, criticou a anulação do acordo pela Coreia do Sul e expressou preocupação com a escalada das tensões. Zakharova atribuiu a escalada às atividades militares agressivas dos Estados Unidos e seus aliados, alertando para o risco de um conflito em larga escala.

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