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Precisamos pedir desculpas ao Padilha

Quando os problemas da articulação política no Congresso Nacional começaram a surgir ainda no começo do ano, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, virou a Geni, foi alvo de críticas e até mesmo de pedidos de demissão. No entanto, a crise gerada pela intentona do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, contra […]

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Quando os problemas da articulação política no Congresso Nacional começaram a surgir ainda no começo do ano, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, virou a Geni, foi alvo de críticas e até mesmo de pedidos de demissão. No entanto, a crise gerada pela intentona do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, contra o Supremo Tribunal Federal (STF) deixou algo claro: há muitos fatores que influenciam a articulação política, e eles estão para além do ministro, que tem sim muitos acertos.

No começo do ano, não faltaram quem falasse que Padilha era sabotado pelo ministro Rui Costa (PT), pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT), e ainda foi alvo de algumas críticas da deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT.

E como se tudo isso não bastasse, até o final do primeiro semestre, os ministros agiam cada um como se fosse uma ilha, ignorando parlamentares e políticos locais em viagens para eventos nos estados ou demais solenidades.

O governo ainda enfrenta outro problema: a liderança do governo no Senado, Jaques Wagner, tem dado votos pessoais em matérias polêmicas, contrariando o próprio partido. Padilha não tem como remover Wagner do posto, pois a decisão passa diretamente pelo Palácio do Planalto. É amigo próximo e um dos principais conselheiros do presidente Lula.

As críticas à liderança de Wagner vão desde os seus colegas no Senado até deputados na Câmara. Além disso, existem dezenas de grupinhos e correntes no PT, cada um com seus interesses, sem falar dos partidos que possuem ministérios, recebem verbas do governo e mesmo assim também fazem o que querem nas votações.

Diante de tanta bagunça, potencializada pela erosão do poder de negociação da presidência da república e a instauração ilegítima do parlamentarismo de emendas de Arthur Lira (PP), não há articulação política que aguente.

Padilha é um bom político, conhece a política e sabe fazer política. Pedir a cabeça dele, como alguns sugerem, seria aumentar ainda mais a confusão em que o governo e sua tumultuada base se encontram.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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