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O desencanto com o Jair

E a saga sobre o que fazer com Jair Bolsonaro no PL segue rendendo desdobramentos interessantes sobre as eleições municipais, principalmente depois da chamada Superlive que ocorreu no final do mês passada. Muita gente no partido entendeu o recado: Bolsonaro deve se engajar nas eleições municipais de maneira extremamente pontual, o foco do ex-presidente está […]

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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

E a saga sobre o que fazer com Jair Bolsonaro no PL segue rendendo desdobramentos interessantes sobre as eleições municipais, principalmente depois da chamada Superlive que ocorreu no final do mês passada.

Muita gente no partido entendeu o recado: Bolsonaro deve se engajar nas eleições municipais de maneira extremamente pontual, o foco do ex-presidente está em aumentar o próprio patrimônio, mesmo depois dos mais de R$ 17 milhões em doações recebida de seus adoradores.

Isso também explicaria o perfil mais verborrágico do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que nas últimas semanas atacou o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD), Guilherme Boulos (PSOL) e até mesmo Tábata Amaral (PSB) de uma maneira que surpreendeu os aliados mais próximos.

Com Bolsonaro e sua família preocupados em não serem presos e com o chefe do clã de extremistas empenhado apenas no próprio patrimônio, há uma preocupação genuína de que Bolsonaro seja substituído e que essa substituição fique fora do controle do PL.

Em São Paulo há uma inconformidade com o abandono à Ricardo Sales que buscava disputar a prefeitura da capital do estado e que desistiu (pela segunda vez) de disputar o pleito, o motivo? Ficou sem ter quem bancasse o seu nome.

No Rio de Janeiro já há quem sequer conte com a presença do ex-presidente em eventos, no resto do país a percepção é a mesma.

Como a coluna revelou ainda no final do mês passado, Bolsonaro também não anda participando de compromissos internos da legenda como reuniões e discussões sobre as eleições. Além disso, há quem tenha desistido de procurar o ex-presidente e agora concentra as suas demandas no próprio Valdemar.

O bolsonarismo na figura de Jair Bolsonaro até pode ter entrado em estado terminal, mas o extremismo político que o sustenta não. Talvez esse seja o debate que deva ser considerado para 2026.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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carlos

07/02/2024 - 10h26

Nao entendo até hoje, nao consigo entender como o povo btasileiro , colocou no cargo mais importante da republica um malandro, um delinquente, que destilasse tanta maldade, tanta crueldade ao povo brasileiro , acho que o povo brasileiro vota por hobbe.

carlos

06/02/2024 - 09h49

O espiao mais mais vagabundo, do mundo inteiro, esse delinquente,ainda faz merda pra se enrolar, genocida , araponga,miliciano,responde por vários inqueritos vai jogar nas quatro linhas da papuda.

Ligeiro

06/02/2024 - 08h18

Não sei se falo besteira, mas infelizmente ainda noto nas ruas uma presença do “Bolsonarismo”, mas discreta ou patética.

A sensação que sempre tive é que o que chamamos de “bolsonarismo” sempre foi um movimento de pessoas que no fundo nunca se importaram com a democracia, mas sim com suas próprias benesses. Não importa a liderança, apesar de que bolsonaro para estes é uma espécie de icone dado os eternos sincericídios cometidos por ele.

Grande parte das pessoas que conheci e eram bolsonaristas geralmente tinham algum tipo de ação negativa social – preconceitos, cometeram algum tipo de crime que ficaram impunes (policiais principalmente), gente corrupta de algum nível (políticos locais e lideranças sociais / religiosas)… enfim, o pior do fisiologismo e da manutenção do “pequeno poder local”.

Apesar de hoje conseguirmos “sangrar” a imagem do bolsonarismo (ou melhor, do conceito do que chamamos de bolsonarismo), ainda não conseguimos um fator chave – a força da comunicação deles. Ainda não há um empenho maior em por exemplo silenciar influenciadores e canais de informação baseados em notícias falsificadas e/ou distorcidas. Ainda não há um esforço em identificar lideranças políticas bolsonaristas que atuam de forma prejudicial – apesar de ao menos temos por exemplo a notícia da prisão dos prefeitos de SC ligados ao movimento.


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